Fonte da notícia: Jornal Badaladas / Ana Alcântara
Luís Fazenda defende uma renegociação com a “Troika"
Luís Fazenda, deputado e líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), esteve em Torres Vedras no passado dia 12, para falar aos torrienses sobre a crise e algumas propostas que o seu partido já apresentou no parlamento, no âmbito do debate orçamental que será votado no final deste mês.
Luís Fazenda falou da existência de três crises. Da crise global, que rebentou em 2008 nos Estados Unidos e nos maiores centros financeiros do mundo, que é entendida como uma “crise habitual, cíclica e recorrente”.
O bloquista apresentou como uma das causas dessa crise global a expansão do crédito, como uma forma de providenciar salários indirectos. “É uma crise do capitalismo”, apelida, que continua a correr o mundo em várias etapas, como bancos a falir atrás de bancos e com Estados a intervir à última da hora.
Actuamente “a banca está, toda ela, periclitante, baixaram as cotações e tem imensos activos que são tóxicos, que não valem nada”.
É necessário aumentar os capitais próprios dos bancos de maneira a aumentar o conforto de garantia em relação à aplicação de capitais que tem origem no próprio banco, refere aquele líder parlamentar. Depois surge a crise europeia, que está relacionada com o funcionamento da zona euro.
O euro garantiu paridades fixas às moedas, que eram as moedas soberanas dos países que se fundiram na zona euro.
Segundo Luís Fazenda, há quem entenda que os países mais pobres aceitaram paridades muito elevadas que desvalorizaram bastante as suas economias, assim parece ser em relação a Portugal.
Contudo, o bloquista considera que a questão principal é a dificuldade de sustentação desta moeda, porquanto não só os bancos europeus também estão em crise, como os Estados tiveram preocupações de transferências para sectores privados durante muitos anos de fundos orçamentais e endividaram-se excessivamente.
Criticou, em tempos, a união monetária e hoje considera que talvez tivesse razão em estar contra. Entende o deputado que se trata de uma união incompleta, porquanto ela tem de ter também um mecanismo de dívida pública para os 17 Estados-membros mas não tem.
A seu ver, o Banco Central Europeu precisa de ter outro papel de controlo político e democrático de instituições democráticas e não pode estar dependente dos mercados. Tem de funcionar como um banco emissor de moeda.
O terceiro aspecto da crise é a doméstica, a crise orçamental portuguesa que se alimenta das anteriores.
Luís Fazenda recordou-se das palavras de José Socrátes, há dois anos, quando preparavam o orçamento, já na altura complicado, que dizia “com uma grande candura, ‘nós não estamos muito mal, estamos no meio da fotografia dos países’”.
A seu ver, muitas pessoas ignoram que aquilo que nos empobrece mais no exterior não é o que o Estado português deve lá fora, mas aquilo de que é avalista dos privados e, em particular, da banca.
Sobre a crise orçamental portuguesa defende: “primeiro, vamos lidar com a ‘Troika’. É necessário renegociar o empréstimo dos 78 mil milhões”.
Luís Fazenda falou da existência de três crises. Da crise global, que rebentou em 2008 nos Estados Unidos e nos maiores centros financeiros do mundo, que é entendida como uma “crise habitual, cíclica e recorrente”.
O bloquista apresentou como uma das causas dessa crise global a expansão do crédito, como uma forma de providenciar salários indirectos. “É uma crise do capitalismo”, apelida, que continua a correr o mundo em várias etapas, como bancos a falir atrás de bancos e com Estados a intervir à última da hora.
Actuamente “a banca está, toda ela, periclitante, baixaram as cotações e tem imensos activos que são tóxicos, que não valem nada”.
É necessário aumentar os capitais próprios dos bancos de maneira a aumentar o conforto de garantia em relação à aplicação de capitais que tem origem no próprio banco, refere aquele líder parlamentar. Depois surge a crise europeia, que está relacionada com o funcionamento da zona euro.
O euro garantiu paridades fixas às moedas, que eram as moedas soberanas dos países que se fundiram na zona euro.
Segundo Luís Fazenda, há quem entenda que os países mais pobres aceitaram paridades muito elevadas que desvalorizaram bastante as suas economias, assim parece ser em relação a Portugal.
Contudo, o bloquista considera que a questão principal é a dificuldade de sustentação desta moeda, porquanto não só os bancos europeus também estão em crise, como os Estados tiveram preocupações de transferências para sectores privados durante muitos anos de fundos orçamentais e endividaram-se excessivamente.
Criticou, em tempos, a união monetária e hoje considera que talvez tivesse razão em estar contra. Entende o deputado que se trata de uma união incompleta, porquanto ela tem de ter também um mecanismo de dívida pública para os 17 Estados-membros mas não tem.
A seu ver, o Banco Central Europeu precisa de ter outro papel de controlo político e democrático de instituições democráticas e não pode estar dependente dos mercados. Tem de funcionar como um banco emissor de moeda.
O terceiro aspecto da crise é a doméstica, a crise orçamental portuguesa que se alimenta das anteriores.
Luís Fazenda recordou-se das palavras de José Socrátes, há dois anos, quando preparavam o orçamento, já na altura complicado, que dizia “com uma grande candura, ‘nós não estamos muito mal, estamos no meio da fotografia dos países’”.
A seu ver, muitas pessoas ignoram que aquilo que nos empobrece mais no exterior não é o que o Estado português deve lá fora, mas aquilo de que é avalista dos privados e, em particular, da banca.
Sobre a crise orçamental portuguesa defende: “primeiro, vamos lidar com a ‘Troika’. É necessário renegociar o empréstimo dos 78 mil milhões”.
Fonte: http://db.tt/1UBPyVS1
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