Caros amigos
A grande questão, quanto a mim, passa pelo seguinte: um partido apenas de protesto não chegará ao poder.
As pessoas em geral precisam hoje em dia de segurança, não no sentido da segurança física, esse é universal, mas no sentido da reposição dos valores e, também, da ideologia. Por outro lado, sabemos que - por razões quer resultantes de um conjuntura particular, quer de fundo - a chamada esquerda em Portugal só poderá ser poder com o PS. Não o PS herdado de Sócrates (um das maiores contributos para a vergonha neo-liberal a que se assiste) e, talvez, também não o de Seguro. Não sei. Um PS que resolva o seu compromisso histórico e sublime as suas contendas com a agenda marxista de 1975.
Julgo que o Bloco tem sido sujeito à necessidade de um equilibrismo enorme para manter as vias abertas. Saiu caro o apoio a Alegre, porque a base natural deste era facilmente atemorizável e, quer o interior do PS, quer os minoritários dentro do Bloco, também não ajudaram. Mas foi um apoio (sacríficio?) generoso e estimável.
Com o PC não pode contar-se porque onde este entra é, segundo a cartilha, para hegemonizar.
O Bloco vive um impasse que, sendo em parte seu, é também consequência do hibridismo PS.
Neste contexto, considero a saída da facção vociferante uma grande notícia! Estão agora livres para ir ajudar todos os talibans do planeta. Boa viagem de ida.
Para além das questões da ética, julgo que era "democracia a mais" manter as feras da FER dentro de uma estrutura que, na minha opinião, deve sim aprofundar a estratégia democrática e a procura dos consensos.
Se estou julgando bem... Não sei, sou um outsider.
É necessário cada vez mais um BE no poder. Sem transigências essenciais mas com diálogo.
A luta e o protesto são essenciais mas, só por si, não levam a grandes resultados práticos. O inimigo é de outra catadura.
Fica esta reflexão, pequeno contributo para a discussão.
Saudações bloquistas.
Aurelindo Jaime Ceia
Aderente 867
As pessoas em geral precisam hoje em dia de segurança, não no sentido da segurança física, esse é universal, mas no sentido da reposição dos valores e, também, da ideologia. Por outro lado, sabemos que - por razões quer resultantes de um conjuntura particular, quer de fundo - a chamada esquerda em Portugal só poderá ser poder com o PS. Não o PS herdado de Sócrates (um das maiores contributos para a vergonha neo-liberal a que se assiste) e, talvez, também não o de Seguro. Não sei. Um PS que resolva o seu compromisso histórico e sublime as suas contendas com a agenda marxista de 1975.
Julgo que o Bloco tem sido sujeito à necessidade de um equilibrismo enorme para manter as vias abertas. Saiu caro o apoio a Alegre, porque a base natural deste era facilmente atemorizável e, quer o interior do PS, quer os minoritários dentro do Bloco, também não ajudaram. Mas foi um apoio (sacríficio?) generoso e estimável.
Com o PC não pode contar-se porque onde este entra é, segundo a cartilha, para hegemonizar.
O Bloco vive um impasse que, sendo em parte seu, é também consequência do hibridismo PS.
Neste contexto, considero a saída da facção vociferante uma grande notícia! Estão agora livres para ir ajudar todos os talibans do planeta. Boa viagem de ida.
Para além das questões da ética, julgo que era "democracia a mais" manter as feras da FER dentro de uma estrutura que, na minha opinião, deve sim aprofundar a estratégia democrática e a procura dos consensos.
Se estou julgando bem... Não sei, sou um outsider.
É necessário cada vez mais um BE no poder. Sem transigências essenciais mas com diálogo.
A luta e o protesto são essenciais mas, só por si, não levam a grandes resultados práticos. O inimigo é de outra catadura.
Fica esta reflexão, pequeno contributo para a discussão.
Saudações bloquistas.
Aurelindo Jaime Ceia
Aderente 867
Viva! Obrigada pelas sua reflexão Aurelindo. Eu pessoalmente, sou da mesma opinião, o Bloco para não estagnar e conseguir crescer em termo de capacidade de mudar algo neste país, sozinho não terá um caminho fácil, alias diria mesmo que é mt pouco provável que consiga mudar algo agora com a saída da Ruptura e com a situação de crise (que como se sabe faz as pessoas inclinarem-se à direita). E também acho que o apoio ao Alegre foi algo admirável, porque foi o que pareceu uma posição certa na altura (tendo em conta os objectivos gerias e os valores do BE diria mesmo) e independentemente dos riscos, foi corajosamente tomada. Quando ao PS, acho que uma esquerda maior é importante, e se fosse pelas supostas ideologias do PS, eu diria que sim, mas o PS de agora é uma miséria. Com o PCP, acho que não adianta muito e eu tenho muitas reservas quanto à abertura do PCP, e assim sendo acho que a solução não é simples. Vamos ver o que acontece à veia mais esquerdista do PS... Abraço
ResponderEliminarE como se buscam os valores perdidos que tanto se fala? Como se volta atrás no tempo e se dão valores às crianças e jovens que neste momento serão o futuro de amanhã?
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