O Bloco não compreende nem aceita que trâmites burocráticos estejam a pôr em causa os serviços prestados à população e pediu esclarecimentos ao governo.
Foi publicamente noticiado a situação de seis médicos de família que prestam serviço no Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Sul, distrito de Lisboa, e estão há três meses sem receber.
A razão para estes profissionais estarem sem receber é a inexistência de contratos assinados. O atraso na formalização dos contratos estará relacionado com a falta de autorização do Ministério das Finanças, responsável por dar a palavra final na contratação extraordinária de pessoal.
A falta de remuneração já motivou os profissionais a informar que deixarão de exercer funções, pondo em causa a prestação de cuidados e ameaçando deixar sem médico milhares de utentes dos centros de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.
O Bloco de Esquerda não compreende nem aceita que trâmites burocráticos estejam a pôr em causa os serviços prestados à população.
Se já questionável que para ludibriar as restrições de contratação de pessoal se recorra a empresas de prestação de serviços, este expediente ainda se torna mais inexplicável quando a burocracia de quem contrata se transforma numa barreira entre as necessidades e os ganhos de eficácia e eficiência que se pretendem alcançar.
Por outro lado, esta situação é reveladora da forma negligente e desinteressada como o governo tratar os Médicos de Família e os profissionais de saúde em geral, desincentivando o seu vinculo ao SNS e promovendo a degradação dos serviços de saúde .
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