Caro camarada,
o Bloco de Esquerda está a aproximar-se de um momento decisivo na sua história, com o aproximar da Convenção Nacional e das Legislativas de 5 de Junho, que irão ser fundamentais na defesa dos valores de Esquerda no panorama político nacional.
A convenção nacional irá decidir o rumo político do Bloco nos próximos anos, através da aprovação de uma moção orientadora e neste sentido parte daqui o nosso apelo ao voto num momento tão importante como este.
As moções serão votadas por delegados escolhidos por todos os aderentes, que irão representar zonas geográficas específicas representando-nos enquanto aderentes do Bloco. Estes delegados serão eleitos no próximo dia 30, na nossa sede em frente ao Mercado Municipal.
Numa altura em que os valores que defendemos são atacados todos os dias, todas as vozes são importantes na sua defesa.
Não percas a tua voz não votando. Vota e faz-te ouvir.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Abril ontem, hoje e sempre.
Para que Abril não passe em claro nem hoje nem nunca, José Afonso tão actual há 28 anos como hoje.
Os Vampiros
Este tema apareceu pela primeira vez num LP intitulado "Dr. José Afonso em Baladas de Coimbra", de 1963. Uma das canções mais emblemáticas de Zeca Afonso.
"No céu cinzento / Sob o astro mudo / Batendo as asas / Pela noite calada / Vêm em bandos / Com pés de veludo / Chupar o sangue / Fresco da manada
Se alguém se engana / Com seu ar sisudo / E lhes franqueia / As portas à chegada / Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada
São os mordomos / Do universo todo / Senhores à força / Mandadores sem lei / Enchem as tulhas / Bebem vinho novo / Dançam a ronda / No pinhal do rei
Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada"
in José Afonso: textos e canções, Assírio e Alvim, 1983
Os Vampiros
Este tema apareceu pela primeira vez num LP intitulado "Dr. José Afonso em Baladas de Coimbra", de 1963. Uma das canções mais emblemáticas de Zeca Afonso.
"No céu cinzento / Sob o astro mudo / Batendo as asas / Pela noite calada / Vêm em bandos / Com pés de veludo / Chupar o sangue / Fresco da manada
Se alguém se engana / Com seu ar sisudo / E lhes franqueia / As portas à chegada / Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada
São os mordomos / Do universo todo / Senhores à força / Mandadores sem lei / Enchem as tulhas / Bebem vinho novo / Dançam a ronda / No pinhal do rei
Eles comem tudo / Eles comem tudo / Eles comem tudo / E não deixam nada"
in José Afonso: textos e canções, Assírio e Alvim, 1983
sábado, 23 de abril de 2011
Aterro Befesa em Torres Vedras– um processo politicamente enviesado
Recentemente voltou de novo às páginas da comunicação social o pedido de instalação de um complexo de tratamento de resíduos industriais (Aterro) da empresa espanhola Befesa. Este processo teve origem em 2004, tendo a Câmara Municipal (CMTV) deliberado desde logo a seu favor. Com a entrada em vigor do novo PDM em 2007, tornou-se obrigatório obter declaração de “interesse municipal” para que, ao abrigo do artº 130º (alínea 3) do PDM, fosse possível instalar excecionalmente projetos industriais em áreas agro-florestais e florestais (Casal da Bombarda). A CMTV concedeu imediatamente o “interesse municipal”, mas em 2008 a Assembleia Municipal (AM) não o ratificou, terminando desse modo o processo e recusando a instalação do Aterro em Torres Vedras.
Não satisfeito com a decisão negativa do órgão deliberativo do município (Assembleia Municipal), o atual presidente da Câmara insiste novamente na aprovação do Aterro, e para tal usa outra estratégia que visa alterar o PDM. Para que isso acontecesse bastaria que o Aterro fosse considerado uma atividade não industrial, ficando assim a atividade e o Aterro excluídos do pressuposto no artº 130 (alínea 3) do PDM, podendo avançar diretamente para alteração do PDM, transformando cerca de 53 hectares de solo florestal para “espaço de usos múltiplos”.
Este enviesamento na interpretação e uso das normas é de facto notório, porque aos olhos dos cidadãos e do bom senso é óbvio que a operação de gestão de resíduos industriais em aterro (armazenagem, triagem e o tratamento mecânico de resíduos), sendo uma atividade sujeita à obtenção de licença ambiental é considerada como atividade e instalação de tipo industrial (Regime de Exercício da Atividade Industrial), até porque estão em causa riscos e inconvenientes resultantes da sua exploração para a saúde humana e para o meio ambiente.
Segundo informação veiculada na imprensa (Abril 2011), o presidente da CMTV afirma que vai pedir a elaboração de um estudo de impacte ambiental. Já em 2005 a CMTV tinha assumido essa mesma condição para decidir do “interesse municipal” do Aterro, tendo faltado a esse compromisso ao longo destes últimos 6 anos ! Será que agora vai mesmo cumprir ?
Contudo, não é exatamente à CMTV que cabe decidir, ou não, acerca da obrigatoriedade da avaliação ambiental, pois, segundo o Ministério da tutela «são objeto de avaliação ambiental as pequenas alterações ao PDM que são suscetíveis de ter efeitos significativos no ambiente», como é o caso.
Por outro lado consideramos que a ocultação do ponto relativo à votação de alteração do PDM, na agenda (edital nº 74/2011) da reunião pública da CMTV de 12 de Abril, representa uma tentativa de esconder da população um assunto de interesse público e decisivo para o bem-estar dos cidadãos e da salvaguarda ambiental. Foi apenas graças à notícia de última página do Jornal Badaladas (8 de Abril) que a população ficou informada do facto de ir ser deliberada a alteração do PDM naquela data. A mesma ocultação aconteceu na reunião pública anterior do dia 29 de Março, data inicialmente prevista pelo Edil para votar a referida alteração, tendo sido evitada na altura pelo pedido de adiamento interposto pelos vereadores do PSD.
A legislação obriga a que as alterações ao PDM sejam deliberadas em reuniões públicas. Pergunta-se: como é que se pode deliberar publicamente se o objeto da deliberação (alteração do PDM) não consta da agenda da reunião publicada no respetivo Edital ? Como é que o público (os cidadãos) podem testemunhar publicamente uma deliberação tão importante para as suas vidas e para o seu concelho, se a publicidade a essa deliberação foi ocultada no Edital ?
Tendo efetivamente sido votada favoravelmente pelo executivo do Partido Socialista da CMTV no dia 12 de Abril, resta agora esperar pela fase de discussão pública, pelas reclamações dos cidadãos, e pela deliberação em Assembleia Municipal desta alteração do PDM que visa a instalação de um Aterro potencialmente prejudicial ao concelho e às populações.
Em suma, no que depende dos órgãos políticos municipais é previsível que o PDM seja efetivamente alterado, permitindo assim a instalação definitiva do aterro. Isto acontecerá porque neste mandato o PS tem maioria absoluta na Câmara e na Assembleia Municipal, ao contrário do que acontecia em 2008 quando tentou obter o “interesse municipal”.
Lamentavelmente é deste modo que aqueles que dizem “Amar” e dar “Vivas” a Torres Vedras, durante as campanhas eleitorais, agem em prol da sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida do concelho.
O Bloco de Esquerda de Torres Vedras declara estar desde já disponível para apoiar todas as iniciativas públicas que visem esclarecer cabal e publicamente todos os cidadãos. Pois, entende que o exercício da democracia e da atividade política não se pode confundir com processos sinuosos que visam atingir fins sem olhar a meios.
A nível nacional, na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda irá pedir ao Governo todos os esclarecimentos sobre este processo.
terça-feira, 19 de abril de 2011
Documentos Fundamentais para a VII Convenção Nacional
Dias 7 e 8 de Maio realiza-se a VII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda. Convidamos todos os interessados a consultar os documentos fundamentais relativos a esta convenção.
Veja aqui o Caderno Debates I | Debates II
Veja aqui a Moção A | Moção B | Moção C | Moção D
Veja aqui o calendário de debates entre as várias Moções
Veja aqui o Regulamento do Processo Preparatório da VII Convenção
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Resgate a Portugal era “desnecessário”
Portugal não precisava do resgate financeiro se não tivesse sido sujeito a uma pressão “injusta” e “arbitrária”, afirma Robert M. Fishman, professor na Universidade de Notre Dame, num artigo publicado no New York Times.
No artigo de opinião publicado no jornal New York Times por Robert M. Fishman, o sociólogo defende a ideia de que as agências de rating “forçaram” o resgate de Portugal e que o pedido de ajuda externa foi “desnecessário”.
Fishman destaca também que o caso português não era igual ao caso grego e irlandês e que a dívida pública portuguesa era inferior à italiana. O artigo defende também que os mercados não regulados ameaçam os Governos democraticamente eleitos e que o exemplo português deve ser um “aviso a todas as Democracias, incluindo os Estados Unidos da América”.
Robert Fisnhman sublinha que ao nível da crise política que antecedeu a demissão do Governo de José Sócrates, a mesma é sinal de “normalidade política” e não de “desordem”, como foi apontado por vários sectores.
O professor universitário termina o artigo referindo-se ao 25 de Abril para afirmar que “a Revolução de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o Globo”, sendo agora possível que 2011 marque o início de uma “onda de intrusão nas Democracias por mercados não-regulados, com Espanha, Itália ou Bélgica como as próximas potenciais vítimas”.
No artigo de opinião publicado no jornal New York Times por Robert M. Fishman, o sociólogo defende a ideia de que as agências de rating “forçaram” o resgate de Portugal e que o pedido de ajuda externa foi “desnecessário”.
Fishman destaca também que o caso português não era igual ao caso grego e irlandês e que a dívida pública portuguesa era inferior à italiana. O artigo defende também que os mercados não regulados ameaçam os Governos democraticamente eleitos e que o exemplo português deve ser um “aviso a todas as Democracias, incluindo os Estados Unidos da América”.
Robert Fisnhman sublinha que ao nível da crise política que antecedeu a demissão do Governo de José Sócrates, a mesma é sinal de “normalidade política” e não de “desordem”, como foi apontado por vários sectores.
O professor universitário termina o artigo referindo-se ao 25 de Abril para afirmar que “a Revolução de 1974 inaugurou uma onda de democratização que varreu o Globo”, sendo agora possível que 2011 marque o início de uma “onda de intrusão nas Democracias por mercados não-regulados, com Espanha, Itália ou Bélgica como as próximas potenciais vítimas”.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
PCP e Bloco convergem em saída política de esquerda
Depois de uma reunião de cerca de uma hora, PCP e Bloco de Esquerda anunciam convergência de posições contra intervenção do FMI e por uma política de esquerda contra a bancarrota. Diálogo vai prosseguir.
O diálogo entre ambos os partidos vai prosseguir. Foto de JOÃO RELVAS, LUSA
Delegações do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda reuniram-se durante cerca de uma hora na Assembleia da República para uma “troca de informações aprofundada” sobre a realidade económica e política, num momento em que, como disse Francisco Louçã no final da reunião, o governo está em Budapeste a propor “um programa que é segredo para os portugueses”. Um momento particularmente grave, porque a intervenção do FMI “vai provocar um rasto de dificuldades para os trabalhadores e o povo português, que vai pesar por muitos anos”, no entender de Jerónimo de Sousa.
Os dois partidos concluíram que é decisivo que a esquerda se erga num processo de convergência para apresentar aos portugueses uma política de esquerda e um governo de esquerda (fórmula do Bloco), ou patriótico e de esquerda (fórmula do PCP). Ambos os partidos apresentam-se às eleições em listas separadas, mas ressaltam que se têm encontrado em políticas convergentes na Assembleia da República e nas lutas sociais, e pretendem trabalhar para construir uma alternativa que não reúna apenas os dois partidos, mas também todos os portugueses que verificam que é urgente uma outra política.
O diálogo entre ambos vai prosseguir, disse Louçã, e poderá haver novos encontros nos próximos meses. Questionado se o PS deve entrar nessa convergência de esquerda, Louçã foi seco: “O PS está neste momento em Budapeste a propor a redução das pensões dos reformados, o que nós queremos é uma política que combata a bancarrota e se concentre na criação de emprego”. Para Jerónimo de Sousa, “o PS está amarrado à política de direita”.
Leia também a nota do PCP sobre a reunião
O diálogo entre ambos os partidos vai prosseguir. Foto de JOÃO RELVAS, LUSA |
Delegações do Partido Comunista Português e do Bloco de Esquerda reuniram-se durante cerca de uma hora na Assembleia da República para uma “troca de informações aprofundada” sobre a realidade económica e política, num momento em que, como disse Francisco Louçã no final da reunião, o governo está em Budapeste a propor “um programa que é segredo para os portugueses”. Um momento particularmente grave, porque a intervenção do FMI “vai provocar um rasto de dificuldades para os trabalhadores e o povo português, que vai pesar por muitos anos”, no entender de Jerónimo de Sousa.
Os dois partidos concluíram que é decisivo que a esquerda se erga num processo de convergência para apresentar aos portugueses uma política de esquerda e um governo de esquerda (fórmula do Bloco), ou patriótico e de esquerda (fórmula do PCP). Ambos os partidos apresentam-se às eleições em listas separadas, mas ressaltam que se têm encontrado em políticas convergentes na Assembleia da República e nas lutas sociais, e pretendem trabalhar para construir uma alternativa que não reúna apenas os dois partidos, mas também todos os portugueses que verificam que é urgente uma outra política.
O diálogo entre ambos vai prosseguir, disse Louçã, e poderá haver novos encontros nos próximos meses. Questionado se o PS deve entrar nessa convergência de esquerda, Louçã foi seco: “O PS está neste momento em Budapeste a propor a redução das pensões dos reformados, o que nós queremos é uma política que combata a bancarrota e se concentre na criação de emprego”. Para Jerónimo de Sousa, “o PS está amarrado à política de direita”.
Leia também a nota do PCP sobre a reunião
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Novo Bloco Gratuito já está disponível
Nesta edição, destaque para as propostas do Bloco "Medidas de emergência para um país à rasca".
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