quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
O circo de feras
(uma reflexão de Aurelindo Jaime Ceia)
Caros amigos
Caros amigos
A grande questão, quanto a mim, passa pelo seguinte: um partido apenas de protesto não chegará ao poder.
As pessoas em geral precisam hoje em dia de segurança, não no sentido da segurança física, esse é universal, mas no sentido da reposição dos valores e, também, da ideologia. Por outro lado, sabemos que - por razões quer resultantes de um conjuntura particular, quer de fundo - a chamada esquerda em Portugal só poderá ser poder com o PS. Não o PS herdado de Sócrates (um das maiores contributos para a vergonha neo-liberal a que se assiste) e, talvez, também não o de Seguro. Não sei. Um PS que resolva o seu compromisso histórico e sublime as suas contendas com a agenda marxista de 1975.
Julgo que o Bloco tem sido sujeito à necessidade de um equilibrismo enorme para manter as vias abertas. Saiu caro o apoio a Alegre, porque a base natural deste era facilmente atemorizável e, quer o interior do PS, quer os minoritários dentro do Bloco, também não ajudaram. Mas foi um apoio (sacríficio?) generoso e estimável.
Com o PC não pode contar-se porque onde este entra é, segundo a cartilha, para hegemonizar.
O Bloco vive um impasse que, sendo em parte seu, é também consequência do hibridismo PS.
Neste contexto, considero a saída da facção vociferante uma grande notícia! Estão agora livres para ir ajudar todos os talibans do planeta. Boa viagem de ida.
Para além das questões da ética, julgo que era "democracia a mais" manter as feras da FER dentro de uma estrutura que, na minha opinião, deve sim aprofundar a estratégia democrática e a procura dos consensos.
Se estou julgando bem... Não sei, sou um outsider.
É necessário cada vez mais um BE no poder. Sem transigências essenciais mas com diálogo.
A luta e o protesto são essenciais mas, só por si, não levam a grandes resultados práticos. O inimigo é de outra catadura.
Fica esta reflexão, pequeno contributo para a discussão.
Saudações bloquistas.
Aurelindo Jaime Ceia
Aderente 867
As pessoas em geral precisam hoje em dia de segurança, não no sentido da segurança física, esse é universal, mas no sentido da reposição dos valores e, também, da ideologia. Por outro lado, sabemos que - por razões quer resultantes de um conjuntura particular, quer de fundo - a chamada esquerda em Portugal só poderá ser poder com o PS. Não o PS herdado de Sócrates (um das maiores contributos para a vergonha neo-liberal a que se assiste) e, talvez, também não o de Seguro. Não sei. Um PS que resolva o seu compromisso histórico e sublime as suas contendas com a agenda marxista de 1975.
Julgo que o Bloco tem sido sujeito à necessidade de um equilibrismo enorme para manter as vias abertas. Saiu caro o apoio a Alegre, porque a base natural deste era facilmente atemorizável e, quer o interior do PS, quer os minoritários dentro do Bloco, também não ajudaram. Mas foi um apoio (sacríficio?) generoso e estimável.
Com o PC não pode contar-se porque onde este entra é, segundo a cartilha, para hegemonizar.
O Bloco vive um impasse que, sendo em parte seu, é também consequência do hibridismo PS.
Neste contexto, considero a saída da facção vociferante uma grande notícia! Estão agora livres para ir ajudar todos os talibans do planeta. Boa viagem de ida.
Para além das questões da ética, julgo que era "democracia a mais" manter as feras da FER dentro de uma estrutura que, na minha opinião, deve sim aprofundar a estratégia democrática e a procura dos consensos.
Se estou julgando bem... Não sei, sou um outsider.
É necessário cada vez mais um BE no poder. Sem transigências essenciais mas com diálogo.
A luta e o protesto são essenciais mas, só por si, não levam a grandes resultados práticos. O inimigo é de outra catadura.
Fica esta reflexão, pequeno contributo para a discussão.
Saudações bloquistas.
Aurelindo Jaime Ceia
Aderente 867
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Informação aos membros do Bloco de Esquerda Sobre a decisão da Ruptura/FER de abandonar o Bloco e constituir um novo partido
1. A Mesa Nacional aprovou a 3 de Dezembro a seguinte resolução, com 2 votos contra e todos os restantes a favor:
“A Mesa Nacional regista a decisão da Ruptura/FER de criar um novo partido político. Essa decisão foi comunicada publicamente, primeiro ao Jornal de Notícias, depois em jornais distribuídos nas manifestações de 15 de Outubro e de 24 de Novembro. Essa decisão é irresponsável e um passo culminante de uma trajectória de sectarismo. A Mesa Nacional mandata a Comissão Política para informar todos os membros do Bloco de Esquerda acerca destes factos.”
Cumprindo esta resolução, a Comissão Política comunica a todos os membros do Bloco de Esquerda os seguintes factos.
“A Mesa Nacional regista a decisão da Ruptura/FER de criar um novo partido político. Essa decisão foi comunicada publicamente, primeiro ao Jornal de Notícias, depois em jornais distribuídos nas manifestações de 15 de Outubro e de 24 de Novembro. Essa decisão é irresponsável e um passo culminante de uma trajectória de sectarismo. A Mesa Nacional mandata a Comissão Política para informar todos os membros do Bloco de Esquerda acerca destes factos.”
Cumprindo esta resolução, a Comissão Política comunica a todos os membros do Bloco de Esquerda os seguintes factos.
2. Em Março deste ano, antes das eleições legislativas, Gil Garcia comunicou que o Ruptura/FER estava empenhado na criação de um novo partido político, num discurso que foi colocado no youtube pelos seus autores. Desde então, os membros do grupo abandonaram as suas actividades no Bloco.
Em Setembro, Garcia declarou ao Jornal de Notícias que o novo partido seria formado no início de 2012. Nas manifestações de 15 de Outubro e 24 de Novembro, a FER distribuiu jornais anunciando a sua decisão de formar esse novo partido.
O jornal “Sol” de 9 de Dezembro, citando Garcia, anuncia que “o pontapé de saída será dado a 10 de Março com um congresso da Ruptura aberto”, que formará o novo partido.
3. O Ruptura/FER integrou-se no Bloco depois da sua fundação e, ao longo desta década, escolheu uma orientação entrista, que consistiu durante anos na ocultação das suas divergências, tendo aprovado as resoluções das Convenções que agora diaboliza. Nos anos mais recentes, passou a afirmar divergências de fundo sob qualquer pretexto. Os membros do Bloco lembram-se de intervenções tão extravagantes como o apelo à constituição de brigadas para apoiar os talibãs no Afeganistão, ou apelo ao voto em branco nas eleições presidenciais. Durante estes anos, o sectarismo absoluto tornou-se a forma de actuação do grupo. Isso ficou à vista de muitos dos seus militantes iniciais, que se afastaram do grupo e escolheram o Bloco como seu partido.
A constituição de um novo partido é a escolha do sectarismo. Enquanto o Bloco se fez para criar uma esquerda socialista com influência de massas, com convergência e força, o novo partido da FER é apenas mais um grupo, entre outros, e com a mesma linha do MRPP.
O Bloco de Esquerda não desiste nem da esquerda para a luta pelo socialismo contra o capitalismo, nem de um amplo movimento plural e representativo dos trabalhadores e jovens.
Não faz sentido a extinção de freguesias
O deputado Luís Fazenda intervém no parlamento sobre o Documento Verde
para a Reforma Administrativa do Estado, lembrando que o Bloco sempre
defendeu a diminuição das empresas municipais, mas não apoia a extinção
de freguesias a não ser por vontade das mesmas.
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