terça-feira, 22 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Luís Fazenda esteve em Torres a explicar a crise
Fonte da notícia: Jornal Badaladas / Ana Alcântara
Luís Fazenda falou da existência de três crises. Da crise global, que rebentou em 2008 nos Estados Unidos e nos maiores centros financeiros do mundo, que é entendida como uma “crise habitual, cíclica e recorrente”.
O bloquista apresentou como uma das causas dessa crise global a expansão do crédito, como uma forma de providenciar salários indirectos. “É uma crise do capitalismo”, apelida, que continua a correr o mundo em várias etapas, como bancos a falir atrás de bancos e com Estados a intervir à última da hora.
Actuamente “a banca está, toda ela, periclitante, baixaram as cotações e tem imensos activos que são tóxicos, que não valem nada”.
É necessário aumentar os capitais próprios dos bancos de maneira a aumentar o conforto de garantia em relação à aplicação de capitais que tem origem no próprio banco, refere aquele líder parlamentar. Depois surge a crise europeia, que está relacionada com o funcionamento da zona euro.
O euro garantiu paridades fixas às moedas, que eram as moedas soberanas dos países que se fundiram na zona euro.
Segundo Luís Fazenda, há quem entenda que os países mais pobres aceitaram paridades muito elevadas que desvalorizaram bastante as suas economias, assim parece ser em relação a Portugal.
Contudo, o bloquista considera que a questão principal é a dificuldade de sustentação desta moeda, porquanto não só os bancos europeus também estão em crise, como os Estados tiveram preocupações de transferências para sectores privados durante muitos anos de fundos orçamentais e endividaram-se excessivamente.
Criticou, em tempos, a união monetária e hoje considera que talvez tivesse razão em estar contra. Entende o deputado que se trata de uma união incompleta, porquanto ela tem de ter também um mecanismo de dívida pública para os 17 Estados-membros mas não tem.
A seu ver, o Banco Central Europeu precisa de ter outro papel de controlo político e democrático de instituições democráticas e não pode estar dependente dos mercados. Tem de funcionar como um banco emissor de moeda.
O terceiro aspecto da crise é a doméstica, a crise orçamental portuguesa que se alimenta das anteriores.
Luís Fazenda recordou-se das palavras de José Socrátes, há dois anos, quando preparavam o orçamento, já na altura complicado, que dizia “com uma grande candura, ‘nós não estamos muito mal, estamos no meio da fotografia dos países’”.
A seu ver, muitas pessoas ignoram que aquilo que nos empobrece mais no exterior não é o que o Estado português deve lá fora, mas aquilo de que é avalista dos privados e, em particular, da banca.
Sobre a crise orçamental portuguesa defende: “primeiro, vamos lidar com a ‘Troika’. É necessário renegociar o empréstimo dos 78 mil milhões”.
Fonte: http://db.tt/1UBPyVS1
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Bloco lança materiais de apoio à greve geral
A campanha "Usa a tua força" conta com cartazes e autocolantes de propaganda pela greve geral de dia 24 e um jornal que dá a conhecer as medidas mais gravosas que o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas querem impor aos trabalhadores no Orçamento para 2012, bem como as alternativas que o Bloco propõe para pôr a economia a crescer e cobrar a dívida que o capital impõe aos contribuintes.
As sessões públicas com a presença de Francisco Louçã terão lugar na sexta-feira, 18 Novembro às 21h30 no Cine-Teatro Gymnasium (Rua da Misericórdia, 14 – 2º, em Lisboa) e no sábado, 19 Novembro às 21h30 na Junta de Freguesia do Bonfim (Campo de 24 de Agosto, 294, no Porto)
Os novos folhetos referem-se ao aumento do IVA e aos prejuízos que vai trazer a comerciantes, clientes e ao próprio Estado, que com a recessão e o aumento das falências irá cobrar menos receitas fiscais. "Ou seja, um aumento da carga fiscal para quase o dobro ou o quádruplo, feito pelo Governo que prometeu não aumentar os impostos", pode ler-se no folheto.
"Se a Educação é cara, a ignorância é muito mais", diz o folheto dirigido às escolas e faculdades, que recorda também que "esta é a primeira vez desde o 25 de Abril que Portugal é o país europeu que menos gasta em Educação", com o corte anunciado de 600 milhões de euros no próximo ano.
O Bloco apela a professores, funcionários, alunos e encarregados de educação "que se mobilizem contra este ataque sem precedentes à Escola Pública e às famílias". "A Greve Geral de dia 24 é uma oportunidade de contrariar esta política e mostrar que recusamos a Escola de poucos para poucos e defendemos um ensino público de qualidade para todos", conclui o folheto. Um outro folheto dirigido à juventude fala também dos cortes no ensino e nas medidas que agravam a precariedade nas vidas dos jovens.
O Bloco de Esquerda também responde ao anunciado plano de cortes nos transportes públicos da Grande Lisboa, com um folheto que mostra as intenções do "grupo de trabalho" nomeado pelo Governo. "Com este Governo andamos para trás", diz o título, que lista as carreiras cujo fim está proposto e afirma que "Passos Coelho e Paulo Portas querem cortar agora estes serviços para privatizarem as empresas logo em seguida". "Teremos menos transportes, mais cheios e mais caros", acrescenta o Bloco neste folheto que será distribuído junto às estações de metro e comboio e nos interfaces com os autocarros.
Educação | 368.64 KB | |
Transportes públicos Grande Lisboa | 334.59 KB | |
Cartaz | 2.13 MB | |
Autocolantes | 2.31 MB | |
Aumento do IVA | 199.35 KB | |
Juventude e Precariedade | 599.3 KB |