O Conselho Nacional da CGTP decidiu promover
acções públicas em diversos distritos no dia da greve geral, marcada
pela CGTP e pela UGT para o próximo dia 24 de Novembro. Entretanto, o
Sindicato dos Jornalistas defende adesão à greve geral.
Concerto na Praça da Figueira em Lisbooa, na greve geral de 24 de Novembro de 2010, juntou milhares de pessoas
O Conselho Nacional da CGTP decidiu “promover, através das Uniões Distritais de Sindicatos, no dia da Greve Geral,
acções públicas em diversos Distritos para dar expressão pública à indignação geral contra a política de direita”, de acordo com a resolução que aprovou e que está
disponível na íntegra
no site da central sindical. Segundo a Lusa, uma fonte da CGTP disse à
agência que as acções deverão ser concentrações distritais ou
sectoriais.
Na última greve geral, de 24 de Novembro de 2010, a central não
convocou acções, mas o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
organizou um concerto na Praça da Figueira, onde milhares de pessoas
festejaram o êxito da maior mobilização grevista de sempre, como se pode
ver na foto, que contou com a presença do secretário geral da CGTP,
Manuel Carvalho da Silva e com Libério Domingues da União de Sindicatos
de Lisboa (ler
notícia no esquerda.net).
Entretanto, a direcção do Sindicato dos Jornalistas (SJ) divulgou um
comunicado, nesta quinta feira, no qual “saúda a convergência da CGTP-IN
e da UGT na convocação de uma Greve Geral para 24 de Novembro com o
objectivo de travar as medidas contra os trabalhadores e a economia
constantes no Orçamento do Estado para 2012”.
A direcção do SJ considera ainda que os “jornalistas não podem ficar
indiferentes ao movimento de luta e resistência que está a crescer e ao
qual é necessário dar força” e assegura que “vai empenhar-se na
mobilização da classe para a discussão da situação presente e das
ameaças sobre o futuro, bem como das medidas a tomar, nomeadamente a
adesão à Greve Geral a convocar pelas duas centrais sindicais”.
O comunicado da direcção do SJ (na
íntegra no seu site),
salienta ainda que a proposta de orçamento “insiste nas posições e
medidas hostis contra os trabalhadores do sector empresarial do Estado”,
“que inclui a RTP e a agência Lusa”, “continuando a sacrificá-los com
cortes salariais, congelamento de progressões e redução na retribuição
do trabalho suplementar e, agora, com o roubo dos subsídios de férias e
de Natal”.
A direcção do sindicato lembra ainda que que consta na proposta de OE
para 2012 a privatização de um dos canais da RTP e considera que “as
medidas contra os direitos” de trabalhadores e pensionistas , “o ataque a
serviços públicos essenciais – incluindo os de rádio e de televisão”,
“o sério agravamento das condições de vida dos portugueses e o
afundamento da economia nacional, com consequências directas também no
sector da comunicação social e na vida dos jornalistas e das suas
famílias, não podem passar”.