quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Debate - Ecologia Urbana: o regresso à agricultura





DEBATE: “Ecologia Urbana: o regresso à agricultura”
8 de Janeiro, Sábado, 15h00 – 18h00
Torres Vedras, Auditório Municipal (Av. 5 de Outubro)


15h00 | 1ª parte

[Abertura]
Bloco de Esquerda de Torres Vedras

[Cidades, Ecologia, Planeamento do Território]
Rita Calvário (deputada do BE, Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local)

[Debate]
Hortas urbanas comunitárias: onde, como, porquê?

16h30 | Pausa

17h00 | 2ª parte

[agricultura sustentável e biológica, compostagem, ecossistema urbano]
Maria Alexandra Azevedo (MPI-Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente)

[Debate final e encerramento]

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Agricultura: Ministro disponível para criar banco de terras

O ministro da Agricultura disse hoje (22 Dezembro 2010) em Torres Vedras que a tutela está disponível para criar um banco de terras e vai apresentar uma proposta nesse sentido no início de 2011.

"O Governo comprometeu-se a entregar no início do ano na Assembleia da República uma proposta no início do próximo ano e está disponível para receber os contributos dos vários partidos", afirmou aos jornalistas António Serrano.

Lembrando que o PS defende a ideia há vários anos, disse que "não há grandes divergências" entre partidos sobre o assunto.

O Bloco de Esquerda (BE) apresentou hoje na Assembleia da República uma proposta de projecto-lei na Assembleia da República, a propor a criação de um banco público de terras para rejuvenescer a agricultura e aumentar a produtividade nacional.

Fonte do ministério da Agricultura disse à Lusa que a proposta não foi votada no plenário e baixou à respectiva comissão parlamentar para ser discutida.

A proposta do BE, a que a agência Lusa teve acesso, prevê uma "penalização fiscal dos prédios rústicos ou mistos com aptidão agrícola em situação de abandono, a não ser que os mesmos integrem o banco público de terras".

António Serrano disse que "esse é um dos caminhos", mas admitiu outros, sem especificar quais, uma vez que explicou que não estava em condições de apresentar a proposta do Governo.

Segundo o ministro, "tem de haver instrumentos fiscais para conciliar o interesse dos agricultores e fomentar a utilização das terras, o arrendamento e a venda de terras".


Fonte: http://economico.sapo.pt/noticias/governo-disponivel-para-criar-banco-de-terras_107348.html

Banco Público de terras agrícolas

O deputado Pedro Soares apresenta no parlamento o Projecto de Lei do Bloco que cria o Banco Público de terras agrícolas para arrendamento rural. (22 de Dezembro de 2010)


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Francisco Louçã e Pedro Soares em Torres Vedras

Francisco Louçã e Pedro Soares reuniram hoje com a Associação de Agricultores de Torres Vedras para apresentação do Projecto do Bloco sobre a criação do Banco Público de Terras Agrícolas para arrendamento rural.

Newsletter Dezembro 2010

Já saiu a newsletter de Dezembro!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Oferta de sementes no centro da cidade


No final da manhã de Sábado, dia 18 de Dezembro, os membros da Concelhia do Bloco de Esquerda em Torres Vedras fizerem uma oferta aos transeuntes e a alguns lojistas do centro da cidade: um pacote com algumas sementes de espinafres, um hortícola de proliferação simples que qualquer um de nós pode plantar num vaso na varanda, no quintal ou num jardim. Esta é uma forma simbólica de apelar a um Natal mais Ecológico e menos consumista. Aproveitámos ainda para divulgar o debate que estamos a organizar sobre "Ecologia urbana: o regresso à Agricultura" que terá lugar no próximo dia 8 de Janeiro, às 15h, no Auditório Municipal.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

PSD e a Linha do Oeste - Um partido com duas faces.

Um grupo de deputados do PSD, chefiado pelo seu líder parlamentar, fez ontem uma excursão pela linha do Oeste para denunciar a existência de um país a duas velocidades, a do TGV e a das linhas de comboio esquecidas. Em comunicado, o Bloco de Esquerda de Lisboa e de Leiria recordaram que os deputados que passearam pela linha do Oeste,se abstiveram no momento de viabilizar a proposta para que a modernização fosse inscrita no Orçamento de Estado de 2011.
Sobre isto, as Coordenadoras Distritais de Lisboa e Leiria do Bloco de Esquerda redigiram o seguinte comunicado:

PSD e a linha do Oeste: um partido com duas faces

Um grupo de deputados do PSD, chefiado pelo seu líder parlamentar, fez ontem uma excursão pela linha do Oeste para denunciar a existência de um país a duas velocidades, a do TGV e a das linhas de comboio esquecidas. Foi uma incursão a um país de desigualdades que o PSD ajudou a aprofundar, que, no passado, não o parecia incomodar pois até estava de acordo com elas no tempo do Governo de Durão Barroso, mas que agora parece estar a redescobrir.

A decadência da Linha do Oeste é um problema concreto que afecta diariamente milhares de pessoas e o tecido económico de toda a região. A modernização desta infraestrutura pode torná-la num eixo fundamental para o desenvolvimento regional e uma alternativa de mobilidade ecologicamente sustentável.

Foi em nome desta visão de futuro que mais de seis mil cidadãos e cidadãs dos distritos de Leiria e Lisboa assinaram uma petição pedindo ao governo medidas urgentes para a reconversão e requalificação da linha, nomeadamente a electrificação da via, sua duplicação e correcção de traçado, bem como a criação de serviços mais regulares de transporte de passageiros e mercadorias.

Não deixamos de notar que os deputados que hoje passearam pela linha do Oeste, muitos deles signatários da referida petição em Leiria, abstiveram-se no momento de viabilizar uma proposta do Bloco de Esquerda para que a modernização fosse inscrita no Orçamento de Estado de 2011.

Deste confronto entre posições distintas e contraditórias, neste caso relativamente à necessidade e urgência em requalificar e modernizar a linha do Oeste, protagonizado por partidos que, nas regiões dizem uma coisa e nas negociações, que gostam de fazer com o Governo, dizem outra, mostra bem o tipo de partido com que estamos confrontados: um partido de duas faces, que faz alarido com os problemas das pessoas mas se encolhe na hora de apoiar e construir as soluções justas.

As Coordenadoras Distritais de Lisboa e Leiria do Bloco de Esquerda

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Jantar de apoio a Manuel Alegre

Terça-feira| 14 Dezembro| 21h, Mercado da Ribeira
15€ por pessoa (5€ para estudantes)
Av. 24 de Julho, Lisboa
Mapa aqui

Envia a tua inscrição para lisboa.distrital@bolco.org, ou para o número 213 510 510
(prazo de inscrição – 13 Dezembro, segunda-feira)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Imigração: problema ou solução?

Diana Orghian
Qualquer dúvida é legítima, o que não é legítimo é não a esclarecer e continuar a discriminar!

Tempo de crise! Perguntas que muitas vezes surgem, nem que seja em pensamento:
– Há trabalho para eles também?
Eles tiram-nos o emprego, porque aceitam receber menos?
– E os criminosos e marginais?

Mas há outras questões que, se nos debruçarmos com mais atenção sobre o assunto, surgem, como:
– Quem são estas pessoas e porque vêm para cá?
– Que podem trazer-nos de bom?
– Porque será que aceitam salários mais baixos? Será que gostam disso? Será a culpa unicamente sua?

Culpar é fácil, e quando temos um “eles” à mão, mais fácil é.
Mas, e se mudarmos de paradigma?

E em vez de seguir na onda do preconceito, pensarmos por nós, reflectirmos quais são os problemas reais que o fenómeno de imigração traz aos que vêm e aos que os recebem, as soluções possíveis, e principalmente os benefícios e o contributo que cada um pode dar a este nosso cantinho que visivelmente é multicultural.

É o que se pretende fazer neste debate, desmistificando, em conjunto, estes tópicos e abordando a pessoa por detrás do estereótipo de imigrante.

Comparece e contribui para o debate !


Dia: 18 de Dezembro, Sábado, às 15h
Local: Sede do Bloco de Esquerda de Torres Vedras
Dinamizado por Diana Orghian  (Membro da Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda Torres Vedras)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Requalificação da Linha do Oeste novamente adiada

A proposta de incluir no PIDDAC verbas para modernização da Linha do Oeste foram chumbadas no parlamento, com os votos contra do PS e abstenção de PSD e CDS. Este projecto, determinante para o desenvolvimento da zona Oeste e defendido por responsáveis dos diversos partidos na região, fica mais uma vez adiado.

Sobre o resultado da votação, o deputado Heitor de Sousa escreveu no seu Facebook

“A proposta de incluir no PIDDAC verbas para investimento público relativas à Linha do Oeste foram chumbadas no parlamento. O PS votou contra, o PSD e o CDS abstiveram-se, e apenas o BE e o PCP votaram a favor. Resultado: a requalificação da Linha Ferroviária do Oeste ficou adiada, apesar das juras de fidelidade ao projecto que os deputados do PS, PSD e CDS fizeram. E por duas vezes: quando aceitaram promover uma petição popular, que acabou subscrita por mais de 6.000 cidadãos, reclamando uma requalificação “urgente e necessária” da Linha; e quando, há uma semana atrás, a Comissão Parlamentar de Obras Públicas recebeu os peticionários e estes, ouviram da boca de representantes de todos os partidos, o “total acordo” com o objecto da Petição.
O pretexto para esse chumbo é, no mínimo, hipócrita. Tanto PS, como PSD e CDS, argumentaram que “o PIDDAC não devia ser discutido e votado na AR” porque esse Plano “é da competência exclusiva do Governo”. O que ninguém percebe é porque é que nem PS, nem PSD, nem CDS, apresentaram até agora qualquer proposta para eliminar os mapas do PIDDAC da Lei do Orçamento.
Mais uma vez, PS, PSD e CDS driblaram os leirienses e os oestinos. Mas uma coisa é certa: o BE não vai desistir da luta por um projecto que considera estruturante e estratégico para a Região.”

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Proposta do BE para o PIDDAC - Linha do Oeste

Heitor de Sousa em Torres Vedras
O Bloco de Esquerda não tenciona deixar a Linha do Oeste cair em esquecimento, e nesse sentido o nosso deputado Heitor de Sousa, apresentou uma proposta de aditamento ao PIDDAC, já para o Orçamento de Estado de 2011, chamando o governo à responsabilidade de cumprir o que já se tinha cumprido a fazer, e que vai de encontro à vontade popular, como ficou bem expresso na petição pela modernização e requalificação da Linha do Oeste apresentada recentemente na Assembleia da República.

Na proposta apresentada podemos ler:

"O arranque do projecto de modernização e requalificação da Linha Ferroviária do Oeste corresponde a um compromisso assumido pelo Governo para com os municípios da Região do Oeste e Lezíria do Tejo, no âmbito do “Programa de Acção Oeste + 4 Municípios da Lezíria do Tejo” e pretende ir também ao encontro dos termos da petição popular, que deu entrada na Assembleia da República no início de Outubro de 2010, e onde se defende a “Requalificação e Modernização da infra-estrutura e a introdução de um serviço ferroviário de qualidade na Linha do Oeste”.
A verba proposta corresponde à inscrição orçamental prevista inicialmente na ficha de projecto, incluída no Programa de Acção para a Região do Oeste, para os primeiros anos de arranque do projecto até 2011."

Pode consultar na aqui a proposta na íntegra

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Uma Greve Geral para resgatar a nossa (di)vida

Rui Matoso
Nas nossas vidas pessoais quando acordamos de um sonho regressamos normalmente à realidade. Nesta crise passa-se o mesmo, só que desta vez a realidade transformou-se em profundo pesadelo.
Depois de um idílico momento neoliberal (últimos 30 anos), e após o pseudo-sucesso-individualista-a-todo-o-custo ter sido a moral reinante do “cavaquistão”, onde a agricultura, as pescas e o sistema produtivo em geral foram reduzidos à insignificância, e onde o consumismo exagerado recrutou massas ávidas de exibirem o seu fétichismo pelas mercadorias do novo-mundo global, chegámos a uma encruzilhada que merecia mais reflexão a vários níveis.
No entanto, o ponto em que nos encontramos é difícil de analisar para a maioria dos cidadãos, mas nunca tão complexo que não possamos perceber que acabámos de assistir, impávidos e serenos, ao maior roubo da história depois das invasões francesas. Este gigantesco saque realizado pela máfia mundial (Goldman Sachs, Lehman Brothers, bancos de investimento, agências de notação, BPN e Dias Loureiro incluído) pretende perpetuar-se agora com a ajuda dos governos europeus.
Recentemente apareceu a injecção da “inevitável austeridade” pela boca dos suspeitos do costume (o bloco central dos interesses dos poderosos): Cavaco, Sócrates, Passos Coelho, Catroga e Teixeira dos Santos alinhados pelo diapasão orçamental dizem-nos: é assim a vida, quem manda são os mercados financeiros, não vale a pena reagir... como se a crise fosse imposta por um ser divino absoluto, quando na realidade foi criada por homens altamente gananciosos e corruptos, leia-se capitalistas selvagens.
Há anos atrás esses mesmos capitalistas aninhados no discurso neoliberal advogavam que o Estado devia estar o mais afastado possível dos negócios, e assim foi...e foi o que se viu, os mercados financeiros deixados à sua livre vontade levaram-nos a este ponto de miséria. Contudo, quando as maiores fortunas do planeta se viram à beira da penúria e sem liquidez, a quem foram pedir auxílio? Aos Estados, claro! Mas o Estado português somos nós, como diz a Constituição da República Portuguesa, um «Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa».
O governo português, tal como outros, apressou-se então a encher os buracos de milhões causados pelo casino da roleta capitalista, aumentando assim brutalmente o seu défice. Agora, os tais “mercados” acham que Portugal revela um défice excessivo e fez disparar os juros da dívida, dando origem às medidas do PEC III exposto no Orçamento de Estado para 2011, através do qual o governo PS (com a ajuda mirabolante do PSD) deixa incólume todo o sector financeiro. O mesmo sector financeiro que, apesar de ser responsável pela crise, está novamente deixado à solta pelos poderes públicos para poder tranquilamente regressar à sua actividade especulativa e à realização de lucros tão astronómicos quanto imorais.
Perante este cenário dantesco, face ao gritante incumprimento do programa eleitoral deste governo PS, o que podemos nós -o povo soberano da República – fazer? Esperar passivamente pelas próximas eleições? Aguardar calmamente pela crise política que o PSD tanto anseia? Mas será que vai haver crise política em breve e eleições legislativas antecipadas? Não nos parece, porque no fundo quem neste momento influencia realmente a vida política nacional são os banqueiros (veja-se a ronda que estes fizeram junto ao PS e PSD) e a União Europeia (Alemanha e França), e eles não querem eleições neste instante tão precioso para salvar o capitalismo neoliberal da sua própria crise interna, basta-lhes fazer algumas reformulações ministeriais para que haja mudança e tudo fique na mesma. Preferem que seja o tal povo (que os elege e luxuosamente alimenta) a sofrer ainda mais. Escolheram também aumentar a pobreza no Ano Europeu de Luta contra a Pobreza e a Exclusão Social - ridículo !
Não existem alternativas dizem! Fazendo eco em toda a comunicação social, através dos comentadores de serviço. Essa é apenas mais uma das mentiras que circula depois pela mente das pessoas, é marketing puro. Basta vermos e lermos as medidas apresentadas pelo Bloco de Esquerda para acabar com as dúvidas e debater seriamente as alternativas àquilo que nos está a ser “inevitavelmente” vendido como solução única.
Assim, sabendo nós que existem alternativas e que essas só não são implementadas porque temos de defender (estamos inevitavelmente obrigados, dizem-nos) o jogo daqueles que continuam a fazer batota no casino financeiro, atacando os cidadãos socialmente mais frágeis, corroendo o serviço público e a própria democracia. Sabendo isto, das duas uma: ou continuamos a ser masoquistas inconscientes ou percebemos a existência actual do Fascismo Financeiro e reagimos. Esta é a escolha entre a morte lenta das pessoas e a agonia do planeta Terra (Crise Ambiental) ou o grito de luta pela vida. Nada menos que isso!
A Greve Geral marcada pela CGTP e UGT para o dia 24 de Novembro representa um dos principais momentos da nossa resposta a todos aqueles que persistem no caminho da violência económica e social sobre os cidadãos em geral e os trabalhadores em particular.
É que este, perceba-se isto, não é um período qualquer das nossas vidas. É o tempo em que começámos a entrar numa espiral de decadência acentuada de dia para dia.
E é contra isso, contra uma nova nova era de fascismo e miséria que temos de lutar já no próximo dia 24 de Novembro. Estando ao mesmo tempo preparados para o que aí vem a seguir!


 13 Novembro 2010

 Rui Matoso
 (Coordenador do Bloco de Esquerda de Torres Vedras)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bloco de Torres Vedras debate a NATO



No dia 16 de Novembro de 2010 o Bloco de Esquerda de Torres Vedras promoveu um debate sobre a NATO com a presença de Mário Tomé (Bloco de Esquerda e PAGAN - Plataforma Anti-Guerra Anti-NATO) e Vítor Lima (PAGAN - Plataforma Anti-Guerra Anti-NATO).

A sessão foi aberta por Rui Matoso, membro e coordenador da Concelhia de Torres Vedras, seguindo-se uma apresentação estruturada de Vítor Lima que apresentou ao público os principais conceitos e contornos da actuação da NATO e todas as problemáticas que podem ser levantadas no panorama actual da actuação desta organização, bem como os seus interesses geo-estratégicos, políticos e económicos, relacionados sobretudo com o controle da produção de petróleo, controlada pelo EUA e pelo Pentágono.

Foram ainda equacionados por Vítor Lima aqueles que podem ser os pontos a ter em conta nesta cimeira de Lisboa quando se tratar de definir o novo conceito estratégico da NATO, sobretudo os problemas sociais e económicos que daí decorrem quando temos em conta a actual crise com a qual nos debatemos.

Mário Tomé afirmou-se contra a guerra e contra a NATO por ser uma organização que apenas se preocupa em fazer a guerra sem qualquer respeito pelos direitos humanos e pela autonomia dos povos. O interesse da NATO não é a paz ou a segurança, é antes o controlo de zonas decisivas do globo que, pela sua riqueza de matérias primas (nomeadamente petróleo) garantem não só o controlo das maiores reservas mundiais de petróleo, e outros combustíveis fósseis como também o domínio por parte dos EUA sobre o resto do mundo através do controlo dos preços dos mesmos.

Mário Tomé afirmou que "estamos a lidar com assassinos, com torcionários. Quem está no Afeganistão é gente que é capaz de tudo para manter o poder. Isto tem que ter qualquer saída e essa saída começa por nós", apelando assim à mobilização social e à força dos movimentos sociais como alavanca da mudança.

Como pano de fundo destas duas apresentações esteve, como não poderia deixar de ser, a Cimeira da Nato que irá reunir em Lisboa vários chefes de Estado e de Governo, a 19 e 20 de Novembro de 2010. Nesta cimeira será aprovado o novo conceito estratégico da NATO que definirá a actuação desta organização perante aquelas que irão ser consideradas as principais “ameaças” à Paz nos próximos tempos.

Já no durante o debate, alguns dos presentes afirmaram e bem que os meios de comunicação social portugueses têm estado demasiado focados nas medidas de segurança em torno da cimeira, nomeadamente nos riscos de terrorismo e de manifestações violentas, esquecendo de alguma forma o cerne da questão: qual a novo conceito estratégico a ser definido na cimeira? Quais são afinal as ameaças contra as quais a NATO pretende desenhar uma estratégia de combate? Qual a pertinência da NATO na actualidade?

Num ambiente informal e aberto foi possível abordar estas e outras questões, originando um importante, formativo e saudável debate sobre as questões que realmente devem estar em cima da mesa quando se discutem estratégias e políticas de guerra que são apresentadas aos cidadãos disfarçadas de medidas de segurança e de manutenção da Paz entre os povos.

sábado, 6 de novembro de 2010

Porque é que o Bloco de Esquerda é a favor da paz e contra a NATO?

A NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi criada em 1949 como organização militar para a defesa colectiva contra a União Soviética, esse papel é sublinhado no artigo 5º do tratado. Portanto, desde o desmoronamento do Muro de Berlim e o fim da União Soviética (1991) que a NATO deixou de fazer sentido tal como previsto na sua fundação. Contudo, o 11 de Setembro (2001) marca um momento fundamental para a redefinição do papel da NATO, este mesmo artigo 5º foi novamente invocado pelos EUA, mas agora contra um inimigo de difícil identificação: o terrorismo.
Em 2003, inaugurando o conceito de legitima defesa preventiva, os EUA iniciaram uma nova investida no Médio Oriente, ocupando o Iraque. E o tal “inimigo sem rosto” foi desta vez situado geograficamente no Afeganistão para efeitos de intervenção militar, onde supostamente seria capturado Bin Laden.
Resultados: o massacre das populações, a destruição do território e do património do Iraque e do Afeganistão, a proliferação da ameaça terrorista a todo o mundo, o aumento da intolerância entre culturas e pessoas, o aumento da despesa dos Estados em armamento, o aumentos dos lucros da economia da guerra, o estado de excepção tornado regra, a diminuição das liberdades individuais e colectivas... enfim, uma ténue fronteira entre tirania e democracia.
Estes são alguns dos indicadores da existência factual de um Imperialismo Global que reúne em si duas vertentes amplamente visíveis: O Fascismo Financeiro (o controle dos Estados pelos mercados especulativos) e o Poderio Militar (o controle dos territórios pela imposição da força). O domínio integral do planeta pelas mega-corporações capitalistas, a devastação ambiental e a crise ecológica ou a subjugação dos seres humanos à condição de escravos têm como reverso da moeda a instalação de uma elite mundial que, apoiada pelas politicas neoliberais dos Governos, se preocupa apenas com o crescimento contínuo dos seus lucros.
A cimeira da NATO que ocorrerá em Lisboa nos dias 19 e 20 de Novembro tem como objectivo a definição do seu novo conceito estratégico que visa reforçar a militarização do mundo. Deste modo, a NATO afirma-se cada vez mais como a força armada do capitalismo global e é parceiro incontornável nesta nova política imperial, que a breve trecho colocará todo o planeta num ponto de fragilidade ambiental sem retorno.
O Bloco de Esquerda não aceita nunca, e muito menos em tempos de austeridade e de ataque ao estado social, que o Estado português reforce as despesas (e aumente ainda mais o défice) em material de guerra: 1000 milhões de euros em submarinos, 200 milhões de euros em aviões militares e, só para a cimeira da NATO 5 milhões de euros em novos equipamentos policiais.
Este desvario bélico revela até que ponto vai a a actual crise política e ética, com governantes que preferem “queimar” dinheiro na guerra em vez de diminuírem a violência económica e social imposta aos portugueses. Nesta tragédia, se somarmos os 4500 milhões (garantidos pelo Estado) do buraco do banco BPN, percebemos bem como a vertigem bélica e o caótico e corrupto sistema financeiro levaram Portugal e os portugueses à deplorável situação em que nos encontramos.
O Bloco de Esquerda assume convictamente o património das lutas anti-militaristas e anti- -imperialistas. Além da contestação contra as agressões concretas do imperialismo (Afeganistão, Iraque, por exemplo), o Bloco tem sido a única força politica a defender inequivocamente a saída de Portugal da NATO e a extinção desta organização.
Por tudo isto, em Novembro estaremos mobilizados para receber os senhores da guerra. Nesse sentido, o Bloco de Esquerda organizará e apoiará diversas acções não-violentas anti-NATO.


Já no próximo dia 16 de Novembro (terça), Mário Tomé (oficial na reserva e ex-deputado) estará em Torres Vedras para um debate sobre o verdadeiro papel da Nato e as suas consequências para o futuro. O debate será no Auditório Municipal (Av. 5 de Outubro), pelas 21h30.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"O Orçamento que aí vem e as respostas do Bloco de Esquerda" - Amanhã na Malveira

Francisco Louçã estará na casa de Cultura da Malveira para um debate sobre as consequências do Orçamento de Estado e as alternativas políticas que o Bloco Esquerda propõe. Convidamos todos e todas a estarem presentes.

A situação é grave e toda a política está submetida a uma obrigação de respostas claras.

Apesar dos arrufos, Sócrates, Passos Coelho e Paulo Portas afinam pela mesma nota: mais austeridade, aumento de impostos, cortes nos salários e na protecção social que o Estado garante a quem perdeu o emprego ou tem menos para viver.

Ao mesmo tempo, o desemprego cresce e o país continua a fazer opções erradas: plano de privatizações que faz do que é de todos um negócio, compra de submarinos, aviões e outro material de guerra, entrega de dinheiro dos contribuintes aos especuladores do BPN, tolerância com a fuga das grandes fortunas para paraísos fiscais ou permitir que os bancos só paguem 5% de IRC quando qualquer pequena empresa paga 25%...

As respostas do Bloco de Esquerda são outras: Só com justiça fiscal será possível redinamização da economia para criar emprego e promover o crescimento, o aumento da receita fiscal e a redução das carências sociais. O país precisa ainda de investimento público criador de emprego e a protecção do poder de compra.

A 24 de Novembro o país vai mostrar ao Governo, ao PSD e CDS, aos banqueiros e aos patrões que as suas crises não podem ser pagas por desempregados, trabalhadores e pensionistas.

Mais do que uma paralisação, a Greve Geral tem de ser uma grande mobilização por mais Justiça na Economia.

Aproveite também para ler "15 medidas para salvar o país da recessão - programa do Bloco de Esquerda para o OE 2011"

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Resposta do Ministério da Agricultura às questões relativas ao atraso nos pagamentos aos agricultores afectados pela intempérie de Dezembro de 2009

No passado dia 16 de Setembro o Bloco de Esquerda (através dos nossos deputados Heitor de Sousa, e Rita Calvário) visitou algumas explorações agrícolas do concelho de Torres Vedras muito afectadas pelas intempéries que se fizeram sentir em Dezembro de 2009. Esta ida ao terreno permitiu verificar que há muitos casos de produtores que, apesar de terem assinado os contratos-programa em Fevereiro de 2010, ainda não receberam qualquer verba das medidas de apoio extraordinárias lançadas pelo Governo para fazer face aos estragos e prejuízos.

Algumas das razões apresentadas por estes produtores prendem-se com atrasos de resposta dos serviços do Ministério e da existência de processos burocráticos inaceitáveis.

No sentido de esclarecer estas situações, o Bloco de Esquerda colocou várias questões ao Governo, através do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas (MADRAP), tendo já recebido uma resposta do referido Ministério.
Como se poderá verificar, o Ministério afirma que “não há atrasos nos pagamentos” e que “é convicção deste Ministério que os agricultores farão o pedido de pagamento num futuro próximo”.

O Bloco de Esquerda de Torres Vedras continuará a acompanhar esta questão, contactando as associações locais e os produtores no sentido de esclarecer se os processos de pagamento decorrem com efectiva normalidade.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Resultado das Eleições para a Coordenadora Concelhia

Em eleições realizadas no passado dia 16 de Outubro, os aderentes do Bloco de Esquerda do concelho de Torres Vedras elegeram aquela que é a sua primeira Coordenadora Concelhia.

A este acto eleitoral concorreu apenas uma lista composta por 9 elementos, com a moção de orientação política concelhia intitulada: «Pela cidadania participativa e o reforço da democracia em Torres Vedras!».
A coordenadora agora eleita terá um mandato de dois anos, e é composta pelos seguintes membros:
  • Rui Matoso (40 anos, Formador e Gestor Cultural);
  • Diana Orghian (23 anos, estudante de Psicologia);
  • Alexandre Cardana (27 anos, Operador de Caixa);
  • Isabel Cardana (33 anos, Antropóloga);
  • Luís Jerónimo (52 anos, Técnico da EDP);
  • João Rodrigues (56 anos, Funcionário do SMAS);
  • David Anciães (36 anos, Carteiro e Delegado Sindical);
  • Cristina Cerveira Pinto (56 anos, Médica);
  • José Vieira Pimenta (60 anos, Fotógrafo).
A intervenção política do Bloco de Esquerda de Torres Vedras basear-se-á em objectivos definidos estatutariamente, nomeadamente na «defesa intransigente da liberdade e com a busca de alternativas ao capitalismo. Pronuncia-se por um mundo ecologicamente sustentável. Combate as formas de exclusão baseadas em discriminações de carácter étnico, de género, de orientação sexual, de idade, de religião, de opinião ou de condição (…) defende e promove uma cultura cívica de participação e de acção política democrática como garantia de transformação social, e a perspectiva do socialismo como expressão».
Nesta altura de massivo ataque ao Estado Social a intervenção ao nível local, propiciadora de um contacto mais directo com a população, torna-se crucial. É neste sentido que o Bloco de Esquerda de Torres Vedras pretende agir, fomentando uma maior inovação e criatividade na intervenção autárquica, motivando a consciência crítica das instituições, organizações e actores políticos, e apelando à responsabilização colectiva dos cidadãos em prol de uma melhor gestão e salvaguarda do bem comum.

Contando neste momento com uma sede própria frente ao Mercado Municipal (Av. Cor. João Luís de Moura, 19 1ºD), o Bloco de Esquerda de Torres Vedras fica desde já ao inteiro dispor para receber todas as pessoas que pretendam colaborar num projecto de cidadania que visa aprofundar o debate e as opções no âmbito do Desenvolvimento Sustentável; propor novas formas de Democracia Participativa; defender uma cada vez maior e melhor Coesão, Justiça e Equidade Social; apresentar alternativas na criação de novas Economias, mais e melhores Empregos; promover a Economia Social; envolver os Jovens no debate e nas opções políticas e promover a melhoria dos Serviços Públicos em Torres Vedras.


quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Lista candidata às Eleições para a Comissão Coordenadora Concelhia de Torres Vedras

Informação da Comissão Eleitoral:

Após o término do prazo para entrega de Listas candidatas às Eleições para a Comissão Coordenadora Concelhia de Torres Vedras, a Comissão Eleitoral informa que foi entregue uma única Lista, com a Moção " Pela cidadania participativa e o reforço da democracia em Torres Vedras !".

A respectiva Moção e composição da Lista estão disponíveis aqui.

Em breve os aderentes da concelhia de Torres Vedras receberão por correio postal a Lista/Moção, bem como o boletim de voto por correspondência destinado ao acto eleitoral de 16 de Outubro 2010, o qual se realizará presencialmente entre as 16 e as 21h30 na sede do BE Torres Vedras.

A Comissão Eleitoral solicita a todos os aderentes que exerçam o seu direito de Voto e de Participação nesta importante etapa da vida do Bloco de Esquerda em Torres Vedras.

Nota: Verifique antecipadamente se tem o pagamento da quota anual regularizado, pois só assim poderá exercer o direito de voto.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bloco de Esquerda denuncia atraso na ajuda aos agricultores do Oeste

Rita Calvário e Heitor de Sousa, Deputados do Bloco de Esquerda, visitaram, no passado dia 15, várias explorações agrícolas do Oeste afectadas pelas intempéries de Dezembro de 2009, constatado existirem muitas dificuldades no acesso às medidas de apoio extraordinário prometidas pelo Governo.

A situação dramática de muitos pequenos produtores, que tiveram prejuízos imensos e não estão a ser apoiados, correndo o risco de ter que fechar portas, motivou um pedido de esclarecimentos ao governo, insistindo na necessidade de desburocratizar e agilizar os processos para que os pagamentos sejam efectuados sem mais demoras.

No terreno, os deputados ouviram relatos de situações delicadas que afectam os pequenos produtores, tais como a falta de informação sobre a disponibilidade destes apoios por parte dos serviços do ministério ou a impossibilidade de acesso a estas medidas por falta de capital inicial para fazer face à despesa.

O atraso nos pagamentos também é uma realidade, havendo um produtor que, tendo contrato assinado desde Março, está há mais de oito meses à espera de pagamento.

Os estragos da madrugada de 23 Dezembro em sete concelhos do distrito de Lisboa - Alenquer, Azambuja, Cadaval, Lourinhã, Mafra, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras – custaram cerca de 63 milhões de euros, de acordo com as estimativas destas autarquias.

Segundo informação do Ministério da Agricultura, foram aprovados 14,5 milhões de euros em ajudas, tendo, até ao final de Agosto sido pagas apenas 33% desta verba, continuando 10 milhões de euros a aguardar os pedidos de pagamento dos agricultores.

Desta visita resultou uma questão ao Ministério da Agricultura, que poderá consultar aqui

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Eleições para a Comissão Coordenadora Concelhia de Torres Vedras

Após a aprovação do Regulamento Eleitoral em Assembleia da Concelhia realizada no dia 8 de Setembro de 2010, pelas 21h30, na sede do Bloco de Esquerda Torres Vedras, dá-se início ao processo eleitoral que culminará com a votação das Listas/Moções candidatadas em 16 de Outubro.

Documentos:
- Regulamento Eleitoral

domingo, 8 de agosto de 2010

Linha do Oeste: Petição atinge as quatro mil assinaturas

Óptima notícia: A petição pela requalificação e modernização da Linha do Oeste, que o Bloco de Esquerda de Torres Vedras desde a sua formação apoiou atingiu as 4 mil assinaturas necessárias para ser levada à Assembleia da República. A todos os que nos ajudaram, um muitíssimo obrigado!
Segue a notícia do Diário Digital:


Heitor de Sousa numa recolha de
assinaturas em Torres Vedras
Linha do Oeste: Petição atinge as quatro mil assinaturas

O Bloco de Esquerda (BE) considera cumpridos os objetivos de recolha de assinaturas da petição para a discussão no Parlamento da modernização e requalificação da Linha do Oeste, disse à Lusa O deputado Heitor Sousa.

«Estamos praticamente no objetivo das quatro mil assinaturas, com 3950 já contabilizadas e ainda por contabilizar algumas recolhidas em Peniche e Torres Vedras» afirmou o deputado bloquista que nas últimas semanas efetuou ações de recolha de assinaturas em várias praias do Oeste.

A «Petição pela requalificação e modernização da infraestrutura e pela introdução de um serviço ferroviário de qualidade na Linha do Oeste» foi lançada pelo BE, mas assume-se como um documento supra partidário que conta entre os promotores representantes do PS, PSD E CDS-PP.

Diário Digital / Lusa

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

"Verdade ou demagogia?" - A nova resposta de João Semedo a Rui Prudêncio

Na sequência das tentativas de resposta de Rui Prudêncio (deputado socialista e gestor) numa questão relacionada com política de saúde, João Semedo (deputado bloquista e médico) volta a responder na edição desta semana do Badaladas. (Pode aceder aos textos anteriores na nossa zona de Clippings no menu superior)

"Verdade ou Demagogia?"

O deputado Rui Prudêncio, à falta de argumentos, recorre ao truquezinho para nos tentar iludir. Não fora os leitores saberem como as coisas se passam nas farmácias e nos consultórios e talvez os truquezinhos do deputado Rui Prudêncio atingissem o seu objectivo.
Depois destas linhas, não conto voltar a este assunto dos medicamentos, nem a esta controvérsia com Rui Prudêncio. Porque, a realidade revela com imparcialidade quem tem ou não tem razão e o leitor fará finalmente o seu juízo.
Vejamos, ponto por ponto, se tudo o que o BE propõe sobre medicamentos já o PS concretizou, como tenta fazer crer o deputado Rui Prudêncio:

1. Rui Prudêncio acaba por reconhecer e confessar que para o doente poder comprar um genérico é preciso que o respectivo médico prescritor não o impeça, não se oponha. Pois é precisamente com isso que o BE quer acabar. Se os medicamentos são iguais e fazem o mesmo efeito, porquê comprar o mais caro e não o menos caro?
Como vê Rui Prudêncio não é isto que o PS fez. Bem pelo contrário.

2. Diz Rui Prudêncio que a prescrição por DCI (pela composição e não marca pela marca do medicamento) já é obrigatória, porque sendo a prescrição electrónica a receita é sempre impressa com a DCI. Só pode afirmar isto quem não frequenta centros de saúde ou hospitais.
Devia ser como diz Rui Prudêncio mas não é. Só o sr. deputado é que ainda não deu pela diferença entre o que está no papel e a realidade.

3. Habilidoso, Rui Prudêncio procura insinuar que o BE quer que todos os medicamentos sejam comparticipados a 100%. Rui Prudêncio sabe que não é assim. O Bloco defende que continuem a existir 4 escalões. O que o Bloco pretende é que o PS devolva aos utentes aquilo que lhes retirou há 3 anos, isto é, ponha as comparticipações no mesmo valor que tinham antes do PS as baixar e obrigar os doentes a pagar mais do que pagavam à data.

4. O Bloco pretende que o regime especial seja alargado aos beneficiários do RSI e do subsídio de desemprego. Ao menos neste ponto Rui Prudêncio não se cansa de dizer que o PS está contra, calcule-se, para evitar abusos e mais injustiças. Não é para estranhar que Rui Prudêncio considere um abuso e uma injustiça apoiar os desempregados e os mais excluídos: então não foi o governo do PS que reduziu o subsídio de desemprego e cortou os apoios sociais?

5. Não é verdade que todos os medicamentos sejam comprados pelos hospitais através do catálogo de preços máximos. Rui Prudêncio finge não saber que, precisamente, os medicamentos mais caros – os chamados inovadores (para a SIDA, cancro,..) - não fazem parte desse catálogo e são comprados pelos hospitais portugueses por valores muito superiores aos praticados em França, Espanha, Itália e Grécia, por exemplo. O Bloco propõe um regime de aquisição para poupar ao estado muitos milhões. Rui Prudêncio está contra. Entre poupar dinheiro ao estado ou desperdiça-lo nos cofres das grandes empresas farmacêuticas, Rui Prudêncio escolhe dar este bónus à indústria. Poupar para Rui Prudêncio é só nos apoios sociais e no subsídio de desemprego…

6. A desfaçatez de Rui Prudêncio não tem limites. Afirma que a proposta do Bloco de dispensar gratuitamente os medicamentos para os primeiros dias, após uma cirurgia ou internamento hospitalar, também já o PS fez, conseguiu e pôs na lei. Muito disfarçadamente, lá acaba por confessar que afinal é só para a cirurgia de ambulatório…Então em que é que ficamos? Afinal de contas, não só o que o Bloco propõe não foi feito nem implementado pelo PS, como o PS está radicalmente contra, mesmo que isso seja bom. E é isso que interessa salientar, tudo o resto é discussão estéril, para iludir os menos atentos.

O PS recusou no Parlamento apoiar as propostas do Bloco porque, em vez de defender a bolsa dos cidadãos e poupar dinheiro ao estado, o PS resigna-se à lógica do máximo lucro tanto para as empresas farmacêuticas como para as farmácias. Porque, como todos sabem, quer as farmácias quer as empresas ganham tanto mais quanto mais caros forem os medicamentos que vendem e produzem respectivamente….
As propostas do Bloco poupariam milhões às contas públicas. Mas o sectarismo anti- -bloco do PS é tão grande que os seus deputados votam contra as propostas do Bloco mesmo que isso signifique sacrificar os utentes – que vão pagar mais na farmácia – e aumentar desnecessariamente a despesa do estado. O sectarismo do PS, a sua prosápia e arrogância, têm custado muito dinheiro ao país. Nós, no Bloco, continuaremos a fazer as nossas propostas, remando contra este sectarismo do PS, na convicção que o tempo confirmará a justeza e acerto do que propomos.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Festa de Verão já foi, para o ano há mais!

Realizámos na passada sexta-feira a nossa Festa de Verão em Santa Cruz e como esperávamos, tudo correu pelo melhor, apesar do cancelamento do concerto no próprio dia por parte da banda (M.A.D.), devido a sua dissolução, que nos obrigou a uma reorganização do cartaz.
A noite começou bem e à conversa com o Alex Gomes da Marcha Global da Marijuana - Lisboa, que nos veio dar uma nova luz sobre toda a problemática da ilegalidade camuflada na despenalização em Portugal: "Em Portugal é possível consumir, mas não se pode comprar, vender ou cultivar. A não ser que vos caia canabis em cima, qualquer outra forma de aquisição é ilegal."
De seguida foi a vez dos "Voz Rebelde", grupo de jovens local, nos terem dado uma mostra do que de bom se pode fazer em poesia e percussão, aliando ritmos urbanos e uma mensagem falada muito forte, alertando para uma variedade de problemas sociais que os/nos afectam no dia a dia. Brilhante também foi a prestação do seu artista convidado, Mbor, cantor senegalês que nos alertou através de uma fantástica e sentida prestação para as dificuldades que os nossos imigrantes passam na sua luta diária contra a precariedade.
A noite continuou com Drum n Bass com o Médio, o DJ de serviço, que nos proporcionou um resto de festa com as melhores vibrações.
O nosso agradecimento para o Ricardo, dono do Santa Bar, pela maneira como nos acolheu e pela abertura demonstrada para acolher esta nossa iniciativa.
Para o ano há mais!

domingo, 25 de julho de 2010

O Bloco de Torres Vedras Convida: Festa de Verão 2010 @ Santa Cruz


A Festa de Verão assinala o fim de um ciclo marcado pela apresentação em Torres Vedras de diversas iniciativas e o início de um novo ciclo com a eleição da Concelhia de Torres Vedras do Bloco de Esquerda, em Outubro de 2010. A partir desse momento o Bloco de Esquerda será em Torres Vedras uma nova força política activa e atenta aos problemas do concelho e das suas populações.

O programa da Festa de Verão do Bloco de Torres Vedras conta com:

  • Voz Rebelde [Poesia e Percussão]
    Grupo constituído por jovens de Torres Vedras, cujo espetáculo tem como característica o uso da palavra poética (spokenword) com conteúdos sociais e políticos, onde a energia dos ritmos e a irreverência juvenil se juntam numa actuação que invoca a liberdade, a justiça e uma humanidade reconciliada com a Terra.
  • Intervenção de Alex Gomes [Marcha Global da Marijuana] http://www.mgmlisboa.org/
    Não sendo inócua, a canábis é certamente uma das drogas conhecidas mais seguras. Os riscos do seu consumo são mínimos, principalmente quando comparada com outras substâncias largamente consumidas e aceites pela lei e pela sociedade. Mesmo considerando o seu consumo prejudicial, tal não é razão para a ilegalização da substância e respectiva penalização dos consumidores. É uma questão de direitos humanos.As pessoas devem ter o direito de optar consciente e informadamente por consumir, mesmo que isso não seja benéfico para elas. Consumir ou não, deve ser uma escolha pessoal e não uma imposição legal. A proibição NÃO é do interesse público. Põe em risco a saúde dos cidadãos, fomentando o mercado negro e a adulteração dos produtos.
  • M.A.D. [Concerto] http://www.myspace.com/madlx
    Punk / Hardcore / Rock Desde 1992 a espalhar o terror pelos palcos de Portugal. Discografia: Compilação Varejo 7" vinil (1996), Caos em Portugal (compilação CD 1997), Split CD w/ D.F.C. (2005).
  • Médio [Dj Drum n’Bass]
    Para terminar a Festa com boas vibrações...

Tudo isto a partir das 21h00
Apareçam e tragam amigos!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

"Falar verdade sobre medicamentos" - a resposta do nosso deputado João Semedo ao deputado Socialista Rui Prudêncio.

Em resposta ao deputado (municipal e nacional) socialista Rui Prudêncio, o nosso deputado João Semedo escreve:

Os cidadãos que necessitam de medicamentos sabem que o deputado Rui Prudêncio não tem razão no que escreveu neste jornal. O seu artigo tem demasiadas meias verdades e imprecisões. Por exemplo, é verdade que cerca de 1500 medicamentos baixaram de preço. Mas, por que razão não diz Rui Prudêncio que cerca de 6000 aumentaram de preço?
Quantas vezes já aconteceu os leitores preferirem um genérico em vez de um medicamento marca e não poderem adquiri-lo, porque o médico assinalou na receita “não autorizo o fornecimento de um medicamento genérico”? E quantas vezes acharam a conta da farmácia demasiado cara, sabendo que poderiam ter gasto menos, se o médico tivesse prescrito um medicamento genérico, que é igual ao de marca, com a mesma substância, mas mais barato?
Esta é a realidade que os nossos governantes – e também Rui Prudêncio, querem ocultar.
E se, como refere o deputado Rui Prudêncio, todas as propostas apresentadas pelo Bloco de Esquerda, na Assembleia da República, já estavam contempladas na nova legislação, porque votaram contra todas elas os deputados do PS? Porque, na realidade, as medidas apresentadas pelo Bloco iriam repor uma situação de maior justiça social e garantir o direito de acesso aos medicamentos por parte de todos os cidadãos, em detrimento dos interesses das farmácias e das grandes multinacionais farmacêuticas, que este Governo e o Ministério da Saúde têm optado por privilegiar. Ao votar contra o PS deitou fora uma poupança de 300 milhões de euros que, em tempo de crise, tanta falta fazem às contas públicas.
Nos últimos anos, temos assistido, na área do medicamento, a uma política irracional, com medidas avulsas e desintegradas, que ignoram a realidade do sector em Portugal, agravando, por um lado, a factura que os cidadãos pagam pelos medicamentos que necessitam e pondo em risco, por outro lado, a sustentabilidade do financiamento público de medicamentos.
Com o objectivo de contrariar esta tendência, o Bloco de Esquerda apresentou recentemente, na Assembleia da República, seis Projectos de Lei.
Para atingir uma quota significativa de medicamentos genéricos, semelhante à de outros países europeus (50%-60%), o Bloco propôs: 1) a obrigatoriedade da prescrição por substância activa (Denominação Comum Internacional) e 2) a possibilidade de o utente optar, quando assim o entenda, por um genérico, podendo assim pagar menos pelo mesmo tratamento. Quem escolhe o que compra deve ser quem paga os medicamentos, ouvindo o conselho do farmacêutico e do médico. Não há outra forma de permitir que quem tem pouco dinheiro possa comprar os medicamentos de que precisa.
Por outro lado, para proteger os utentes das recentes alterações decretadas pelo Governo, o Bloco propôs 3) o aumento dos escalões de comparticipação, para os níveis que vigoraram até 2006, isto é, 100%, 70%, 40% e 20% (em vez dos actuais 95%, 69%, 37% e 15%) e o alargamento do regime especial de comparticipação aos desempregados, beneficiários do rendimento social de inserção, e seus cônjuges e filhos menores, desde que sejam dependentes. Actualmente este regime especial abrange apenas os pensionistas de rendimentos mais baixos.
Para além disso, o Bloco propôs também que os beneficiários do regime especial voltassem a poder usufruir da comparticipação a 100% para todos os medicamentos genéricos comparticipados. Desde meados de Junho, que esta gratuitidade se limita apenas aos 5 medicamentos mais baratos em cada grupo, ao contrário do que já vinha acontecendo há sensivelmente um ano. Aquilo que o deputado Rui Prudêncio, através de um subtil jogo de palavras, sugere como um novo benefício traduz-se, na realidade, por uma diminuição da ajuda do Estado aos mais desfavorecidos.
A nível hospitalar, o Bloco propôs, pela primeira vez, a fixação de um regime de preços máximos para os medicamentos hospitalares, a fim de evitar que continuemos a pagar por estes medicamentos muito mais do que noutros países europeus. Há vários casos flagrantes de medicamentos com diferenças na ordem das várias dezenas a centenas de euros, comparativamente com Espanha ou França.
Por último, o Bloco propôs também a dispensa gratuita pelos hospitais de medicamentos para os primeiros dias de tratamento após um internamento ou uma cirurgia de ambulatório num hospital público. Poupando na margem dos armazenistas e das farmácias e conseguindo um preço melhor, através da negociação directa com as empresas farmacêuticas, o Estado gastaria menos com os mesmos medicamentos. Por seu lado, os utentes veriam assim assegurada a medicação para os primeiros dias de tratamento, normalmente os mais dispendiosos, sem precisarem de irem a correr a uma farmácia, assim que saem do hospital. Esta última proposta do Bloco foi a única aprovada na generalidade, no passado dia 1 de Julho. E mesmo esta com o voto contra do PS.
O partido do Governo perdeu, assim, a oportunidade de viabilizar diversas medidas que, não sendo uma panaceia para as dificuldades com que o SNS actualmente se debate, seriam certamente um contributo importante para concretizar os objectivos que presidiram à criação do SNS e para a poupança de muitos milhões de euros tanto para o estado como para os cidadãos.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O Bloco de Torres Vedras marca novamente presença na agenda política local.

Na Sexta-feira dia 9 de Julho de 2010 o Bloco de Esquerda de Torres Vedras realizou mais uma iniciativa local com o objectivo de reforçar a sua presença no concelho.
A conversa de café com Mariana Mortágua (PEC for Dummies) permitiu desmontar uma série de conceitos associados à situação económica actual e outros tantos fundamentos para os planos de austeridade que têm vindo a ser implementados pelos governos no poder um pouco por toda a Europa. Serviu ainda para dar a conhecer aos presentes algumas das propostas do Bloco para ultrapassar a crise.
O Bloco de Esquerda de Torres Vedras agradece a disponibilidade e a colaboração do Gil que, mais uma vez, acolheu no seu bar uma iniciativa do núcleo torriense do Bloco de Esquerda.
Mais uma iniciativa que nos enche de orgulho e que nos permite dizer que o Bloco em Torres Vedras está a ganhar força e a consolidar a sua presença na agenda política local.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Bloco Torres Vedras apresenta: PEC for Dummies - com Mariana Mortágua


Vamos desmontar o PEC. Vamos acabar com todas as dúvidas sobre o Plano de Extorsão do Contribuinte... perdão... Plano de Estabilidade e Crescimento.

O Bloco de Esquerda de Torres Vedras convida a economista Mariana Mortágua para uma informal conversa de café em que vamos desmontar e analisar (da forma mais descontraída possivel) o Plano de Austeridade do Governo para os próximos anos, que nos vai afectar a todos.

Imagine que precisa de pagar 15 mil euros de uma dívida qualquer … todos os anos, após o que recebe de ordenado e/ou outros rendimentos ….. Na verdade, as dívidas que acumulou nos últimos vinte anos ascendem a um montante de 145 mil euros. Acha que resolve o problema se cortar 35 euros por mês (420 euros/ano) na mesada do puto? Imagine então qual seria o objectivo de uma família responsável: reduzir as despesas para eliminar o saldo negativo de 15 mil euros e viver dentro dos seus rendimentos ou, ao invés, estabelecer como meta passar a perder apenas 4950 Euros em cada ano e ficar contente da vida?

Agora experimente acrescentar seis zeros à equação: de 15 mil euros, passemos para 15 mil milhões, o valor do défice em 2009 (9.3% do PIB). De 145 mil euros, para 145 mil milhões (o valor da dívida pública acumulada - cerca de 87% do PIB e a aumentar). De 420 euros, para 420 milhões - o valor estimado da "poupança" prevista com as alterações ao IRS propostas no quadro do PEC. E de 4950 Euros, imagine a grande meta de 3% do PIB para o défice: uns belos 4,950 milhões de euros/ano.


Sexta-feira, 9 de Julho de 2010, 21h30
Bar do Gil (Antiga mercearia Prata) Rua da Cruz 11, Torres Vedras

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Campanha de Juventude do Bloco de Esquerda em Torres Vedras

Durante o mês de Julho o Bloco de Esquerda de Torres Vedras irá desenvolver um conjunto de iniciativas destinadas à Juventude, com o objectivo de aproximar os temas políticos e sociais da actualidade a formas de comunicação mais apelativas para os jovens.

No dia de 1 de Julho apresentámos a peça de teatro "Boom & Bang", no Bar do Gil, cujo enredo consistiu em desmontar a crise actual, explicando-a de forma bem-disposta, apesar de o assunto em questão não ter graça nenhuma. A versão portuguesa é da autoria do grupo teatral Visões Úteis, sediado no Porto, que adaptou o texto à realidade nacional. Após a apresentação teatral contámos ainda com um debate bastante interessante sobre o estado actual da economia, com a presença de três dos nossos deputados (Pedro Filipe Soares, José Soeiro e Catarina Martins). (fotografias em http://www.flickr.com/photos/alexandrecardana/sets/72157624421679432)

Na próxima Sexta-feira, dia 9 de Julho, pelas 21h, Bar do Gil (Antiga Mercearia Prata, no cento histórico), haverá uma sessão intitulada PEC for Dummies com a economista Mariana Mortágua. Num ambiente de grande informalidade e proximidade, usando uma linguagem acessível a toda a população e exemplos muito concretos, Mariana Mortágua responderá a todas as dúvidas colocadas pelas pessoas presentes no que diz respeito ao PEC - Programa de Estabilidade e Crescimento do governo.

A Festa de Verão terá lugar em Santa Cruz, no Santa Bar, Sexta-Feira dia 30 de Julho. Para além do jantar-convívio entre aderentes e simpatizantes do Bloco de Esquerda, haverá dois concertos e uma intervenção política sobre temática relacionada com a Juventude.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Núcleo de Torres Vedras apresentou "Boom & Bang"

"Isto não é uma peça de teatro. É uma história. Não pretende ser uma peça de teatro. Só pretende ser uma história. E que história! O dia em que parecia que o capitalismo estava para acabar. Onde é que estavam a 15 de Setembro de 2008? Lembram-se? Chegaram sequer a reparar? O capitalismo deixou de funcionar durante quatro dias, mais ou menos. E agora estamos a tentar perceber o que é que aconteceu."

Assim começou "Boom & Bang", peça adaptada do "The Power of Yes" do dramaturgo inglês David Hare, que a pedido do National Theatre de Londres a escreveu. A peça conseguiu desmontar a crise actual, explicando-a de forma bem-disposta, apesar de o assunto em questão não ter graça nenhuma. A versão portuguesa é da autoria do grupo teatral Visões Úteis, sediado no Porto, que adaptou o texto à realidade nacional.

Contámos ainda com um debate bastante interessante no final da peça sobre o estado actual da economia, com a presença de três dos nossos deputados (Pedro Filipe Soares, José Soeiro e Catarina Martins), aos quais agradecemos a sua presença, que nos ajudou a desmistificar algumas meias-verdades e completas-mentiras que a o Governo e a Direita nos impingem de forma diária.

Um grande obrigado ao Gil por ter disponibilizado o seu espaço!

Não percam a oportunidade de ver esta obra! Os nossos camaradas de Sintra a Oeiras vão acolhê-la ainda hoje e amanhã:

  • Dia 2 Julho (6ª) às 22h no espaço da Sociedade de Instrução Musical de Porto Salvo - Oeiras
  • Dia 3 Julho (Sáb.) às 22h na sala 2 do antigo cinema Floresta Center - Sintra

domingo, 27 de junho de 2010

Recolha de Assinaturas na Feira de São Pedro

Como anunciado anteriormente, marcámos hoje presença na Feira de São Pedro, recolhendo assinaturas a favor da petição pela requalificação e modernização da Linha do Oeste.
Esta foi a terceira vez que nos organizámos neste sentido, sendo também a segunda vez que o nosso deputado Heitor de Sousa nos fez companhia, demonstrando todo o seu apoio a esta causa.
Como se tem tornado habitual nestas recolhas de assinaturas, fomos imensamente bem recebidos por toda a população, a quem agradecemos a colaboração. Todo o apoio que recebemos só vem legitimar o nosso esforço. Acreditamos nesta petição e vamos continuar a defendê-la, na esperança que a Assembleia da República venha num futuro próximo dar continuidade devida à mesma.
Entretanto não deixe de contribuir online caso ainda não o tenha feito no papel. Pode fazê-lo através do seguinte endereço:
http://www.petitiononline.com/plo1001/petition.html

sábado, 26 de junho de 2010

Feira de São Pedro - recolha de assinaturas com o deputado Heitor de Sousa

No Domingo, dia 27 de Junho de 2010 a partir das 16h30m, o Bloco de Esquerda de Torres Vedras estará na Feira de São Pedro para, pela 3ª vez nesta cidade, recolher de assinaturas para a Petição pela Requalificação e Modernização da Infra-Estrutura e pela introdução de um Serviço Ferroviário de qualidade na Linha do Oeste.
O deputado do Bloco de Esquerda, Heitor de Sousa, estará presente nesta iniciativa.

Teatro "Boom & Bang" em Torres Vedras

 
Quinta-feira, 1 de Julho de 2010
22:00 - 23:30
Bar do Gil (Antiga mercearia Prata) Rua da Cruz 11, Torres Vedras

Este é um espectáculo “portátil” em que vamos rir (para não chorar) com a crise financeira que abalou o mundo e que ainda mexe com o quotidiano de todos.

Boom & Bang
a partir de "The Power of Yes" de David Hare

“Isto é uma nova espécie de socialismo. É o socialismo para os ricos. Para os outros está tudo na mesma. Só para os bancos é que há socialismo. O resto do pessoal continua tão à rasca como dantes. E é nesta altura que começamos a sentir uma certa sensação de injustiça, ou não é?”

Dramaturgia e Direcção - Ana Vitorino e Carlos Costa
Banda Sonora original e Sonoplastia - João Martins
Interpretação - Ana Vitorino, Carlos Costa e Pedro Carreira
Projecto Fotográfico - Paulo Pimenta
Coordenação Técnica e Operação - Luis Ribeiro
Produção Executiva - Joana Neto
Assistência de Produção - Helena Madeira
Design Gráfico - EntropiaDesign a partir de imagem de Ricardo Lafuente
Produção - Visões Úteis
Duração aproximada - 50 minutos

Classificação Etária - M12

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Revista Festa entrevistou Francisco Louçã em Torres Vedras

A Revista Festa entrevistou Francisco Louçã aquando da sua passagem por Torres Vedras, no passado dia 19 de Maio. Esta mesma entrevista estará disponível em formato de papel na edição deste mês da referida publicação, e online no seu site em www.revistafesta.com.

Foto de José Pimenta
FESTA - Quem é Francisco Louçã?
FRANCISCO LOUÇÃ - Sou natural de Lisboa e nasci em Novembro de 1956. Sou economista e professor catedrático no Instituto Superior de Economia e Gestão.
Mas acho que os leitores já me conhecerão, para o bem e para o mal...

FESTA - Como começou a sua ligação à política?
F. L. - Participei na luta contra a ditadura e contra a guerra colonial, no movimento estudantil dos anos setenta. Estava na capela do Rato quando, em Dezembro de 1972, um grupo de jovens se reuniu, em vigília pela paz e contra a guerra colonial e acabei por ser preso, com outros companheiros, e levado para Caxias.
Em 1973 aderi à Liga Comunista Internacionalista, e em 1974 passei a integrar a sua direcção.

FESTA - Que levou à criação do PSR?
F. L. - Em Outubro de 1978 foi constituído o Partido Socialista Revolucionário (PSR). Era uma nova força com que queríamos ampliar a convocação da Esquerda.
Desde o início, o PSR optou por marcar a diferença relativamente à forma tradicional da actuação política.
Nos anos 80 a esquerda vivia uma situação muito desesperada, com as maiorias de direita de Cavaco Silva, e havia que encontrar canais alternativos que saíssem da política tradicional e permitissem uma ligação à sociedade. Foi por isso que a sua preocupação dominante foi cooperar com activistas independentes e criadores culturais.
Em 1991 o PSR ficou a cerca de 200 votos de eleger um deputado por Lisboa, ao obter 65 mil votos, e alcançou o lugar de sexto partido nacional e o terceiro nos partidos de esquerda.

FESTA - Porquê, agora, o Bloco de Esquerda?
F. L. - O Bloco nasceu em 1999 com uma ideia de procurar criar, no fim de um ciclo político, uma nova resposta que fizesse crescer algo de novo na esquerda em Portugal.
Tinha-se fechado o ciclo politico do 25 de Abril e abria-se uma nova era para uma nova Esquerda, na fase da globalização, o que exigia novas formas de organização política.
O partido nasceu da participação da UDP, PSR e Política XXI, tendo havido várias aproximações anteriores, como no processo do primeiro referendo da IVG, mas sobretudo beneficiou da participação de muitos activistas independentes que queriam uma nova força política na esquerda.
Partilhávamos uma certa ideia de Socialismo com liberdade de opinião, de imprensa e de organização social e sindical, oposta portanto à experiência da URSS ou da China. Entre os fundadores existiam afinidades sobre a leitura que fazíamos da globalização capitalista, que nos permitiram estabelecer uma determinada estratégia socialista comum. Elaborámos o manifesto "Começar de Novo" em que assumíamos o compromisso de construção de um novo movimento capaz de se constituir como alternativa na política nacional.
Logo em 1999, as eleições europeias e a campanha contra a intervenção da NATO na Bósnia, testaram a nova organização política. Nas eleições legislativas, o Bloco elegeu dois deputados por Lisboa e obteve mais de 132 mil votos.

FESTA - Como é liderar um partido onde existem várias correntes ideológicas?
F. L. - Desde a sua formação o Bloco afirmou-se como uma nova força política que reconhece e promove a liberdade de opinião e o pluralismo.
O Bloco tem uma organização interna democrática baseada na representação dos aderentes. Isso permitiu a adesão de muitos milhares de novos militantes.

FESTA - Como encara os resultados eleitorais do Bloco de Esquerda nas últimas legislativas?
F. L. - Os principais objectivos do Bloco foram conseguidos: foi o partido que mais cresceu eleitoralmente, e com este crescimento conseguimos derrotar o absolutismo de Sócrates. Nestas eleições a esquerda saiu reforçada, está mais forte e representada, e para além do seu crescimento parlamentar, o Bloco passou a ter eleitos em muitos distritos onde a esquerda não estava representada, como Leiria, Coimbra, Aveiro e Faro.
Os resultados mostram que o Bloco cresceu, tem mais implantação, porque afirmou uma alternativa socialista na confrontação com o governo e o poder económico. Julgo que essas eleições começaram a mudar a política do país.

FESTA - Qual é, na realidade, a força do Bloco de Esquerda?
F. L. - A força do Bloco de Esquerda é a força das suas propostas e da sua acção social nos movimentos que mudam o país. É com essa força que queremos construir uma força dirigente na esquerda e no país, para afirmar a alternativa socialista.

FESTA - Aprofundando um pouco mais a questão política, e tendo em conta a conjuntura actual, na sua opinião, o que é que foi feito pelo Governo (este ou outro) para nos levar a esta crise?
F. L. - Todas as medidas do governo conduzem a uma nova recessão. E são injustas: a prioridade do acordo Sócrates - Passos Coelho é a redução do subsídio de desemprego, mas no dia seguinte o governo renova as garantias para o sistema financeiro. Corta aos desempregados e beneficia a banca. É assim a política do governo e do PSD.

FESTA - Pensa que a situação do nosso país é realmente muito complicada ao nível económico? Estamos perto dos problemas gregos?
F. L. - Encaro a situação económica do país com uma profunda preocupação, tendo em conta o colapso do desemprego que atinge novos níveis históricos a cada mês que passa. As medidas que o PS e PSD estão a negociar agravam esta crise recessiva com a responsabilidade social do bloco central.
Portugal está sob o mesmo ataque especulativo que atinge a Grécia, sob ameaça de um Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), que ameaça os rendimentos do trabalho, que reduz salários e aumenta as dificuldades económicas para os mais pobres e desprotegidos. É necessário, e urgente, a reorientação da economia portuguesa e a promoção de uma política europeia contra a especulação.

FESTA - O que é que foi feito e não devia, ou o que é que se devia ter feito e não o foi?
F. L. - Era possível, e necessário, reduzir aquilo que é excessivo e que é um abuso contra a justiça fiscal, para utilizar os recursos necessários nos salários dos mais pobres e nas pensões mais degradadas.
É nisso que tem de fazer diferença uma política orçamental séria. Era responsabilidade do Governo ter reduzido as despesas inúteis e extravagantes, como os 189 milhões de euros gastos em consultorias pedidas a escritórios de advogados, que podiam ter sido feitas pelos organismos do Estado, os 1000 milhões de euros gastos na compra de submarinos, ou os 1000 milhões de euros em subsídios fiscais para o off-shore da Madeira.
O Governo tem dois pesos e duas medidas: rejeita esse princípio elementar da justiça fiscal que é fazer com que quem ganha muito pague mais e que quem ganhe menos pague menos, por isso não aumenta os impostos sobre prémios atribuídos a administradores, por exemplo. Esse princípio da justiça é a resposta da esquerda, do BE, a este desastre orçamental que o Governo já começou a por em prática.

FESTA - O Governo avançou com uma série de medidas para combater a crise. O que pensa destas medidas?
São suficientes, resolvem alguma coisa, ou pelo contrário, existem outras medidas que resolveriam a situação a curto prazo, sem influenciar tanto a vida do cidadão comum?
F. L. - O PEC apresentado pelo Governo irá traduzir-se na ruína económica e numa tragédia social para o país, por isso só pode ter a rejeição do Bloco.
Apresentei um projecto alternativo de política fiscal e económica, que demonstra que se pode proteger os salários, criar emprego e aumentar a justiça fiscal, para mais e melhor qualidade de vida das populações, o que o PEC não contempla. Demonstrámos que é possível cortar muito mais na despesa no ano de 2010, tendo como objectivo imediato reduzir o défice já este ano em valores muito superiores ao previsto pelo Governo e promover simultaneamente uma política de recuperação para a criação de emprego.
Essas medidas de corte no desperdício e de justiça fiscal tornam o Estado mais responsável e mais fiável, e dão-lhe capacidade para políticas de investimento e de gastos sociais que respondem à recessão.
Defendemos o abandono da política de privatizações do Governo, que é prejudicial e desastrosa do ponto de vista económico. Em termos de redução dos juros da dívida pública em 2011, o Estado obterá com este programa de privatizações cerca de 50 milhões de euros.
Em contrapartida, medidas mais sensatas permitiriam ao Estado obter um encaixe financeiro de 1000 milhões de euros com a venda dos submarinos, mais de 750 milhões com a aplicação de uma taxa sobre o off-shore da Madeira e 1000 a 2000 milhões com outros off-shores. Com a introdução de medidas como taxação sobre as mais-valias bolsistas e o corte nos benefícios, deduções e taxas especiais e liberatórias o Estado teria uma recuperação de cerca de 600 milhões de euros.
Como forma de reanimar a Economia, o Bloco defende que o investimento público deve ser reorientado para a criação de um programa de reabilitação urbana. Essa é uma prioridade que relançaria o emprego e a actividade económica, e que melhoraria a vida das pessoas.

FESTA - Qual a sua opinião sobre as recentes movimentações do Bloco de Esquerda em Torres Vedras e em outros locais do país?
F. L. - É muito importante a criação do núcleo do Bloco em Torres Vedras e está com uma grande dinâmica, juntando muitas pessoas que não aceitam ficar de braços cruzados perante a crise nacional.
Apelo intensamente a quem quer uma esquerda de confiança para que se junte a este núcleo, trazendo a sua experiência, opinião e convicção.